Mercado mantém projeção da inflação em 3,71% e sobe a do dólar para R$ 3,83
Estimativa para o IPCA está abaixo da meta de inflação imposta pelo BC, de 4,5%; na semana passada, previsões para o câmbio estavam em R$ 3,78
Por Brasil Econômico | (*) |
Depois de sete reduções consecutivas, a estimativa do mercado para a inflação deste ano se estabilizou. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) permanece em 3,71% em 2018 e em 4,07% para 2019. As informações são do Boletim Focus, publicado toda segunda-feira no site do Banco Central (BC).
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O semanário, que traz estimativas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia, também projetou os índices de inflação para 2020 e 2021. Segundo os analistas consultados pelo BC, o IPCA deve ficar em 4% e 3,75%, respectivamente, nos dois períodos.
As estimativas para 2018 e 2019 estão abaixo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo autoridade monetária brasileira. Para este ano, o centro da meta é de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, de 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.
Já para 2020 e 2021, as projeções para a inflação são iguais às metas estipuladas, de 4% e 3,75%, nesta ordem. A margem de tolerância, bem como para os anos anteriores, é de 1,5 ponto percentual.
Taxa Selic
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic . Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do banco decidiu mantê-la em 6,5% ao ano, o menor patamar da série histórica iniciada em 1986.
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Segundo as instituições financeiras consultadas para o Boletim Focus desta semana, a Selic deve subir em 2019, encerrando o período em 7,5% ao ano. A primeira reunião do Copom de 2019 ocorrerá somente em fevereiro.
A Selic serve de referência para todas as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.
PIB e dólar
A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), segundo o Boletim Focus, foi mantida em 1,30%. Para 2019, a estimativa foi ajustada de 2,53% para 2,55%. As instituições financeiras projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.
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Quanto à cotação do dólar , a previsão do mercado passou de R$ 3,78 para R$ 3,83 no fim deste ano. Em 2019, por ora, a estimativa permanece em R$ 3,80.
*Com informações da Agência Brasil