Pokémon Go: 3 lições que as empresas podem tirar do fenômeno

Se você está atento às notícias dos últimos dias, com certeza já se deparou com alguma sobre este aplicativo. Afinal, o que devemos aprender com ele?

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O Pokemón Go é a perfeita ilustração do poder que a plataforma mobile pode trazer aos seus negócios/suas ideias

Era uma vez, um jogo de tamanho sucesso que foi capaz de virar um fenômeno mundial em poucos dias após o lançamento... Já conseguiu pensar em que estamos falando? Isso mesmo, esta é mais uma matéria sobre o Pokémon Go, porém, tem um viés diferente: é voltada para empreendedores e empresários que querem tirar boas lições e inspirações até mesmo de um jogo de celular.

Segundo os conceitos de marketing, um produto (bem sucedido) passa por quatro fases: experiência do usuário, adoção, monetização e potencial de crescimento. Conforme percebemos, o aplicativo Pokémon Go já ultrapassou todas essas metas, uma vez que já foi baixado por 15 milhões de pessoas somente na última semana.  E aí, como podemos entender tamanha aderência?

Sob uma perspectiva de publicidade, o especialista em plataformas midiáticas “MediaMath”, Madhusdhan Gurumurthy, falou ao site Entrepreneur sobre o fenômeno. Para ele, é preciso olhar com muita atenção a este jogo, já que ele soube usar, de maneira muito eficaz, todos os aspectos da plataforma – que é o dispositivo móvel -, alcançando uma taxa de adoção sem precedentes.

Além disso, conseguiu tornar-se viral também na grande mídia, superando a base de usuários do Twitter nos Estados Unidos, por exemplo. Se você ainda não está convencido, então se liga nessa informação: este foi o jogo de maior monetização da história - chegando ao topo do número de receita por downloads em celulares. Tudo isso em sete dias.

Por todas essas características, o especialista aponta 3 lições que todo empreendedor deveria tirar deste case de sucesso.

O uso correto do mobile pode ser maravilhoso

O Pokemón Go é a perfeita ilustração do poder que a plataforma mobile pode trazer aos seus negócios/suas ideias se seus recursos são usados corretamente. A Nintendo já foi apontada como “muito atrasada” para migrar para o mobile – mesmo com tudo de bom que há nisso. Eles construíram um produto que entrega uma experiência única, usando as capacidades de localização, câmera, gráficos e mapas em alta definição.

O aplicativo teve de superar muitas dificuldades (como problemas de segurança do Gmail no iOS), mas é forte o suficiente para atrair a atenção de milhões de usuários. Ele possui uma engenharia tal como a Ingress (houve um aplicativo previamente construído pela Niantic, Ingress) – o que é um exemplo muito legal sobre desenvolvimento de produtos, com testes eficientes e rápidos da ideia até a construção de um produto verdadeiramente poderoso.

Os mundos reais e virtuais podem ser misturados com perfeição

O aplicativo Pokémon Go é o primeiro exemplo sólido de uma quebra de paradigma no universo tecnológico ao longo de uma década – mostrando-nos a tal “realidade aumentada”. Este conceito é muito badalado, mas nunca houve, anteriormente, um modelo que superasse as problemáticas técnicas encontradas nos dispositivos móveis (tais como capacidade de processamento e fragmentação de desenvolvimento). E a promessa de futuro deste mercado é imensa: junto da “realidade virtual”, a realidade aumentada deverá chegar a US$120 bilhões em 2020, de acordo com a empresa Digi-Capital.

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Assim, com o sucesso do novo aplicativo, percebemos a maravilha que pode ser a mistura do real e o virtual – como podem caminhar juntos. A Nitendo trouxe a interação por meio de imagens que aparecem na câmera do seu celular, personagens que agem “dentro” da realidade, do mundo físico. Veja só como o comportamento dos usuários já se tornou notícia! Pessoas estranhas que começam a se encontrar, a conversar e a interagir por causa de uma “jogo de caça”. É ou não é um exemplo impressionante de como o ser humano pode ser influenciado por um mundo virtual.

E isso só está começando! Afinal, o Pokémon Go já tomou o primeiro passo lógico em relação à publicidade integrada na experiência de app com varejistas e restaurantes se tornando locais patrocinadores-patrocinados, em vez de anúncios chato ou de pop-up. As oportunidades para aproveitar a ideia e construir novas experiências na plataforma estão logo aí.

Publicidade deveria se misturar ao conteúdo, melhorando a experiência do usuário

O objetivo final para qualquer marca é ser capaz de direcionar o usuário à compra do produto. A pergunta eterna de publicitários é conseguir entregar uma experiência comercial que seja relevante, valiosa e possível para o consumidor. Todo empreendedor sabe que o fluxo para a publicidade online começa com anúncios, passando por cliques de potenciais clientes, chegando às compras dos produtos online e, por fim, a ação atribuída à publicidade veiculada. Dessa maneira, é essencial que o anúncio esteja na hora certa, no lugar correto.

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 O novo aplicativo traz uma forma elegante que simplifica esse fluxo por, literalmente, fazer com que os consumidores andem para a porta de locais físicos, enquanto os mantêm engajados nessa caça aos monstrinhos. É algo inacreditavelmente esperto que a Nintendo pode fazer com esse produto – de uma experiência pura para a monetização e a publicidade.

Pense no deslocamento de potenciais consumidores, chegando próximo de locais patrocinados (tudo baseado em dados em tempo real – com informações sobre o clima, ofertas de lojas próximas e muito mais). Portanto, vale a pena ficar de olho no Pokémon Go para se inspirar e ser um empreendedor melhor.