Alimentos e remédios mandaram na inflação em abril, aponta IBGE
Os dois grupos responderam por 89% de todo o IPCA do mês; com reajustes, medicamentos ficaram 6,26% mais caros
Por Estadão Conteúdo |
06/05/2016 10:54:24Os alimentos e os remédios exerceram as principais pressões no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (6).
O grupo Alimentação e bebidas desacelerou a alta de 1,24% em março para 1,09% em abril, o equivalente a uma contribuição de 0,28 ponto porcentual para a inflação do último mês. Já o grupo Saúde e cuidados pessoais disparou de 0,78% em março para 2,33% em abril, sendo responsável por 0,26 ponto porcentual do último IPCA.
Juntos, os dois grupos responderam por 89% de toda a inflação do mês, o equivalente a 0,54 ponto porcentual sobre a taxa de 0,61% do IPCA.
Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, como reflexo de parte do reajuste de até 12,50% em vigor desde o 1º dia de abril. O item deu a maior contribuição individual para a inflação do mês, o equivalente a 0,20 ponto porcentual. Outros destaques do grupo Saúde e cuidados pessoais foram plano de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,58%) e serviços laboratoriais e hospitalares (0,52%).
Entre os alimentos, as principais altas foram a da batata-inglesa (13,13%) e do açaí (9,22%). Na direção oposta, o tomate ficou 15,26% mais barato na passagem de março para abril.
Redução do preço da energia elétrica
A tarifa de energia elétrica recuou 3,11% em abril, dentro do IPCA divulgado pelo IBGE. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,12 ponto porcentual para a taxa de 0,61% do IPCA.
O comportamento foi resultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatts-hora consumidos, referente à bandeira amarela.
As contas de luz ficaram mais baratas em quase todas as regiões pesquisadas. As exceções foram Fortaleza, onde houve alta de 2 42% por conta do reajuste de 12,97% em 22 de abril, e Campo Grande, com aumento de 0,38% em função do reajuste de 7,40% a partir de 8 de abril.