Bolsa Família deverá ter reajuste acima da inflação, diz ministro

Segundo Osmar Terra, ministro de Desenvolvimento Social, governo levará em consideração aumento do preço do gás de cozinha nos últimos meses

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado - 1.1.14
Bolsa Família atenda a aproximadamente 13,5 milhões de famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza

O governo federal deverá realizar neste mês o reajuste de valores do programa Bolsa Família. Em anúncio à imprensa, o ministro de Desenvolvimento Social, Osmar Terra, afirmou que o percentual deverá ficar acima da inflação oficial acumulada em 2,95% em 2017, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os valores ainda deverão ser definidos.

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Perguntado por jornalistas se o ajuste será de 5%, o ministro chegou a dizer que poderia ser esse valor "ou mais", mas fez questão de destacar que ainda não há confirmação. Segundo Terra, a definição do reajuste do Bolsa Família deverá entrar em vigor somente no final de abril ou maio. "A ideia é dar um reajuste acima da inflação. E estamos estudando uma forma de compensar o aumento do preço do gás, mas ainda não está acertado [como isso será feito]”, disse.

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De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o preço do gás de cozinha teve alta de 20% no mês de fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado. Em média, os consumidores pagaram R$ 66,80 por um botijão de 13 quilos, mas alguns estabelecimentos chegaram a cobrar R$ 120 pelo mesmo item.

O ministro afirmou, ainda, que o programa não foi capaz de reduzir a desigualdade no país. "A existência dos programas de transferência de renda não foi suficiente para reduzir a pobreza, só [para atenuar] a questão da pobreza extrema. Mas eles não reduziram o número de pobres. A pobreza no Brasil continua intacta".

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O Bolsa Família atende cerca de 13,5 milhões de famílias que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza. Para participar do programa, o grupo familiar precisa ter renda mensal de até R$ 85 por pessoa ou entre R$ 85,01 e R$ 170 mensais, para famílias que tenham crianças ou adolescentes de até 17 anos. As famílias recebem auxílio financeiro e precisam cumprir compromissos educacionais e de saúde.