O governo da Venezuela realizou na terça-feira (20) o lançamento oficial de sua criptomoeda. Batizada de Petro , a moeda terá como valor de referência o preço de um barril de petróleo venezuelano, avaliado atualmente em US$ 60 (cerca de R$ 195). O governo local afirma ter arrecadado US$ 735 milhões (R$ 2,3 bilhões) com o lançamento apenas no primeiro dia.
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De acordo Nicolás Maduro, presidente da Venezuela , o objetivo é gerar um "sistema financeiro mais justo". A Petro será usada como forma de pagamento de impostos, taxas, contribuições e serviços públicos. Em site sobre a criptomoeda, o governo venezuelano afirma que promoverá seu uso no mercado interno e realizar esforços para estimular sua adoção no mundo todo.
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A criptomoeda tem como garantia 5,34 bilhões de barris de petróleo. Por decisão do governo, a total de ativos virtuais emitidos pela moeda digital será de 100 milhões de petros, sem emissões extraordinárias. Desse valor, 82,4 milhões de petros estariam disponíveis para a pré-venda.
De acordo com a Agência Nacional de Notícias (AVN), até 19 de março, 44 milhões de petros serão oferecidos em uma pré-venda privada. Em 20 de março, outros 38,4 milhões terão como destino uma oferta pública inicial. Os 17,6 milhões restantes irão pela Superintendência de Criptomoedas e Atividades Conexas Venezuelana (Supcacven).
"São 20h32 de 20 de fevereiro e alcançamos uma intenção de compra na pré-venda da ordem de 4,777 bilhões de iuanes [moeda chinesa], 596 milhões de euros, US$ 735 milhões", afirmou Maduro, que aponta a moeda digital como uma ferramenta para ajudar o país a sair da crise econômica em que se encontra, além de burlar uma série de restrições sofridas depois de sanções internacionais.
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Para promover o "bitcoin da Venezuela", ele disse que o país está blindado "porque além das nomas para combater os ilícitos, teremos a plataforma mais exigente do mundo que comprova cada movimento, não apenas por meio de algoritmos, mas também pela confirmação do vendedor ou do comprador da moeda". Apesar do entusiamos, especialistas apontam que a Petro não deverá atrair o investimento esperado pelo governo devido à baixa confiança no país.
* Com informações da Ansa.