Você sabe como é realizado o monitoramento de queimadas no Brasil? Com o aumento da proliferação de incêndios no país durante o inverno, é importante que o país conte com um sistema eficiente de monitoramento de queimadas. O Brasil usa metodologia autoral no monitoramento de focos de queimadas.
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Hoje, oito satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) são usados para fazer o monitoramento das áreas atigidas pelo fogo. Ao contrário dos satélites que fazem monitoramento visual, os satélites detectores de queimadas conseguem visualizar comprimentos de onda que não podem ser vistos a olho nu e mostram a temperatura a que uma determinada área está exposta. Por esse motivo, esses satélites não precisam de uma resolução de imagens tão próxima da Terra para notar que um lugar está muito quente.
Dos oito satélites utilizados, dois são geoestacionários, ou seja, mantêm uma velocidade de órbita em relação à Terra que os permite ficar acima de um ponto de forma contínua. Os demais são satélites orbitais, ou seja, ficam mais perto do planeta.
Como funciona um satélite de monitoramento de queimadas
Atualmente, o satélite Aqua é uma espécie de satélite principal, porque sua órbita é a mais constante entre os satélites usados no monitoramento - ele faz uma volta no planeta Terra a cada 90 minutos. Durante o monitoramento, os satélites se comunicam por meio de ondas de rádio e captam cerca de 200 imagens diárias.
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Depois da captação, o Inpe agrupa e processa as imagens produzidas e as disponibilizam a cada três horas no site do instituto e para instituições como o Operador Nacional do Sistema Elétrico e a polícia ambiental de São Paulo, para que elas possam prevenir apagões – já que o fogo das queimadas, perto de fios de alta tensão, muda a condutividade energética do ar – e multar pessoas que estiveremrealizando queimadas. ONGS de monitoramento ambiental e Funai também usam as informações para manter um controle de dados sobre suas áreas de influência.
O Inpe repassa aos órgãos encarregados de vigilância apenas os pontos de calor com algumas centenas de graus Celsius e que são mais prováveis de serem fogo ativo. O PrevFogo, órgão vinculado ao Ibama divide os incêndios em três tipos:
1) Primeiro nível: incêndios rotineiros, que podem ser resolvidos pelas secretarias municipais;
2) Segundo nível: incêndios mais intensos, cujo combate exige reforço do Ibama;
3
) Terceiro nível: incêndios mais graves, cujo combate requer reforços da União, como a Funai e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
* Com informações do Portal Brasil