Trabalhadores da GM não aceitam segunda proposta e mantêm paralisação
Após funcionários recusarem R$ 4.250 por segunda parcela da PLR, montadora oferece R$ 5.000 e tem nova negativa
Os metalúrgicos da General Motors (GM) de São José dos Campos rejeitaram hoje (19) a proposta da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela montadora e decidiram manter a greve iniciada ontem por tempo indeterminado. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a montadora ofereceu R$ 5.000, enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 6.405. A proposta inicial da empresa era de R$ 4.250 .
De acordo com o sindicato, a greve parou 100% das atividades e pressionou a empresa a avançar nas negociações, mas o avanço foi insuficiente e rejeitado por ampla maioria dos trabalhadores. “O valor mínimo aceitável é R$ 6.405, que equivale a 86% da tabela que temos há dois anos", disse o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros.
O sindicato busca uma nova negociação com a empresa ainda hoje. A GM também não pagou a segunda parcela da PLR para as fábricas de São Caetano do Sul e Gravataí. Em São Caetano, os trabalhadores já protocolaram aviso de greve.
A fábrica de São José dos Campos produz os modelos S10 e Trailblazer, além de motores e transmissão. A GM tem 4.800 trabalhadores, sendo que cerca de 600 estão em lay-off (com o contrato de trabalho suspenso) até o dia 31 de janeiro.