Bolsonaro reinvindica autoria do auxílio emergencial de R$ 600
Em atrito com governadores, comunicação do presidente reforça nas redes que auxílio é federal
Por Brasil Econômico |
09/04/2020 19:57:31
A Secretaria de Comunicação do governo publicou nesta quinta-feira (9) uma campanha destinada a explicar que o auxílio emergencial de R$ 600 a informais é pago pela administração federal, em oposição a governadores e prefeitos.
"O auxílio emergencial não é fornecido por prefeituras nem governos estaduais. O auxílio emergencial é fornecido pelo governo federal, para a população, graças aos impostos pagos pela própria população", diz a campanha do governo federal.
Nesta quinta-feira, o presidente criticou o "uso político" do auxílio emergencial por parte de governos estaduais durante live nas suas redes sociais. "Isso aí é uma fraude. Não vou acusar o governador porque não temos prova de que foi feito pelo governador", disse, sem especificar a qual governador nem a que ação estava se referindo.
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Antes, a equipe econômica de Bolsonaro queria conceder R$ 200 aos informais. Depois, a ideia passou a ser sobre o valor de R$ 300. Após críticas do Congresso, o valor foi elevado a R$ 500. Como forma de finalizar o processo com protagonismo, Bolsonaro decidiu que o valor final seria de R$ 600.
Com a pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2), Bolsonaro e a maior parte dos governadores tiveram divergências. Isso porque o presidente critica as medidas restritivas impostas pelos governadores estaduais para conter a expansão da doença, seguindo recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde.
O presidente perdeu o apoio de alguns daqueles que foram seus aliados, como os governadores João Doria (PSDB-SP), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Wilson Witzel (PSC-RJ) e tem constantemente ameaçado o cargo do atual ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta.