
Garantir a todos os brasileiros que tenham seguro de vida a cobertura por morte em caso de Covid-19 é o principal objetivo das conversas entre a Secretidaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg) e Superintendência Seguros Privados (Susep).
Pandemia é uma cláusula de exclusão de cobertura de vários ramos de seguro.
A restrição está em contratos como os de seguros de vida, de viagem, lucros cessantes (usualmente contratados por profissionais liberais), naqueles que garantem o pagamento da mensalidade do carro, da escola e do aluguel em caso de desemprego ou morte.
Desde a decretação da pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 11 de março, 26 empresas — que, juntas, representam 95% do mercado — já aderiram ao movimento encabeçado pela Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor) para que se ignore a cláusula de exclusão por pandemia para os seguros de vida.
O que a Senacon quer é estender esse benefício a todos os clientes de seguro de vida.
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Outro ponto estudado pela secretaria é a possibilidade de reduzir os pagamentos mensais de seguros como o de carros, diante da redução da sinistralidade, ou seja, roubos e acidentes durante o período de isolamento social.
Esta semana a Senacon fará um comunicado a CNseg e Susep para que seja formalizada uma agenda de trabalho. A ideia é que dessas negociações seja formalizado um acordo formal, como a já feito com o setor aéreo e o de eventos.
No Brasil, já são contabilizados mais de 60 mil contaminados pela Covid-19 e cerca de 4.200 mortes.
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