Como uma atitude refratária pode livrá-lo de armadilhas do mundo corporativo?
No ambiente profissional é muito comum as pessoas se deixarem submeter por muita pressão. Mas que tal deixar isso de lado e mudar sua atitude?
Por Brasil Econômico | (Por Fredy Figner) |
É preciso aprender a deixar de lado coisas que não importam. Essa premissa vale tanto na nossa vida pessoal quanto para nossa trajetória profissional. Tornou-se uma necessidade trabalhar a mente para abstrair problemas que sequer ainda existem, como igualmente não tomar decisões em momentos de agitação nervosa.
Você já deve ter escutado a frase “seja filtro e não esponja”, ou algo do tipo “isso vai passar”. Frases de efeito nunca saem de moda. Algumas situações ou pessoas possuem uma enorme capacidade de drenar a nossa energia, por isso precisamos ter uma atitude refratária nas organizações e na vida pessoal para não adoecermos.
Utilizo a palavra refratário tanto para referir-me à insubmissão, um objeto capaz de resistir a temperaturas altas, que não se abala diante de pressões ou de ações externas, quanto para trazer o sentido de transparência, ou seja, o que passa e vai embora.
Um bom exemplo é aquela vasilha de vidro da cozinha. Já experimentou colocar uma luz sobre ela? A luz simplesmente atravessa para outro ladro, sem fazer qualquer dano ou modificação . Já um vasilhame opaco absorve tudo e não deixa nada passar por ele. O processo é o mesmo quando absorvermos toda uma determinada situação sem filtro ou aceitamos de bom grado, o que nos é oferecido pelo outro.
Algumas vezes, situações chatas e acontecimentos ruins nos abalam e nos deixam na mais alta irritabilidade. Pode ser aquele parceiro de trabalho que disputa com você, o chefe vaidoso ou o seu relacionamento. Nesse momento, ao invés de explodir ou arrumar uma briga desnecessária, tente uma atitude refratária: deixe simplesmente a luz escura passar por você e ir a outra direção. Não é fácil, eu sei, mas na maioria das vezes, não vale a pena absorver os problemas, neuroses, armadilhas, complexos e vaidades do outro. Deixe o problema ir embora e deixe a pessoa levar de volta aquilo que você refratou.
Quando você entra em uma disputa e começa uma briga acaba por aceitar o lixo emocional do outro assumindo uma posição opaca e absorvendo toda angústia, estresse, fofoca e jogo de manipulação. Tudo isso ficará com você.
Optar por ter uma atitude refratária não significa ser idiota ou submisso. Pelo contrário. Significa que estímulos do meio externo que não lhe fazem bem devem ir embora. Nada que não nos acrescente vale realmente a pena. É uma questão de racionalizar e perguntar se isso vale a pena.
Você viu?
Existem pessoas tão tóxicas que, não importa onde estejam, vão contaminar qualquer situação. Caso você encontre no seu trabalho ou no seu dia a dia alguém desse jeito, deixe esse peso passar e ir embora. Isso não lhe pertence.
Mais do que inteligência emocional, agir assim é uma atitude de amor próprio, uma atitude de autoestima. Não podemos nos manter opacos para aquilo que tira a nossa paz. Não absorva aquilo que não é seu.
E caso você fique opaco por estar muito irritado no momento, respire e não seja impulsivo . As piores decisões que tomamos são quando estamos fora de eixo.
A boa notícia é: quando seus valores estão claros e seu autoconceito é positivo, naturalmente, você refratará aquilo que não lhe pertence, porque a paz sempre começa dentro de você. A dica para manter a saúde psicológica é: seja um refratário transparente e menos opaco. Como dizem as mães: “O que é seu, é seu. E o que é dele, é dele”. E nada melhor que escutar a voz da experiência, certo?
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