Morador de rua dorme na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires, em 24 de setembro de 2024
LUIS ROBAYO
Morador de rua dorme na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada, em Buenos Aires, em 24 de setembro de 2024
LUIS ROBAYO

A inflação continuou caindo em novembro na Argentina, situando-se a 2,4% mensal e 166% em 12 meses, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira (11), um dia depois de o presidente Javier Milei prometer que em breve este flagelo será uma "lembrança ruim".

Segundo dados divulgados pelo Instituto de Estatísticas, Indec, pelo segundo mês consecutivo, a alta dos preços ficou abaixo dos 3%. O dado mensal de novembro é o menor desde julho de 2020, quando registrou 1,9%.

O novo dado foi impulsionado, sobretudo, pelo setor da educação (5,1%) e pelo aumento nos preços dos serviços do setor de habitação, como água, eletricidade, gás e outros combustíveis (4,5%).

O setor de alimentos e bebidas não alcoólicas, por sua vez, foi o de menor crescimento, com leve aumento de 0,9%.

Desde dezembro passado, quando o presidente depreciou o peso em 52%, a inflação na Argentina despencou de 25,5% para um dígito.

"Estamos cada dia mais perto de a inflação ser pouco mais que uma lembrança ruim", disse Milei na noite de terça-feira, em discurso por rede nacional no primeiro aniversário de seu governo.

Em contrapartida, houve um salto exorbitante da pobreza, de 11 pontos no primeiro semestre para chegar a 52,9% da população, e a consequente queda vertiginosa do consumo, de quase 20%.

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