(Arquivo) Logotipo da montadora Volkswagen no Salão Automóvel de Paris, 16 de outubro de 2024
Julien de Rosa
(Arquivo) Logotipo da montadora Volkswagen no Salão Automóvel de Paris, 16 de outubro de 2024
JULIEN DE ROSA

Os sindicatos da Volkswagen convocaram uma greve a partir desta segunda-feira (2) nas plantas de produção da Alemanha em protesto pelos planos da direção de cortar milhares de postos de trabalho, anunciou o sindicato IG Metall neste domingo (1º).

"Se necessário, esta será a batalha de negociação coletiva mais difícil que a Volkswagen já conheceu", advertiu em comunicado o negociador do sindicato, Thorsten Gröger, após um diálogo social obrigatório para 120.000 trabalhadores da marca na Alemanha.

Na sexta-feira, a fabricante, que prepara um plano drástico de redução de despesas, rejeitou uma proposta sindical para reduzir custos sem fechar fábricas na Alemanha.

"Na segunda-feira, vão começar paralisações de advertência em todas as fábricas", disse Gröger, que acusou a direção da companhia de ser "responsável, na mesa de negociação, pela duração e intensidade deste enfrentamento".

Em outro comunicado, a Volkswagen afirmou "respeitar" o direito de greve dos trabalhadores e disse confiar que um "diálogo construtivo" leve a "uma solução duradoura e sustentável coletivamente".

A Volkswagen anunciou em setembro que trabalha em um programa para aumentar a competitividade da empresa, mas, por ora, o diálogo entre a direção e responsáveis sindicais não levou a nenhum acordo sobre as medidas de restruturação.

Os representantes dos trabalhadores garantem que pelo menos três fábricas Volkswagen podem ser fechadas na Alemanha e que dezenas de milhares de postos de trabalho podem ser suprimidos.

A Volkswagen possui dez plantas de produção de veículos na Alemanha e cerca de 300.000 funcionários, dos quais 120.000 trabalham para a marca VW, a mais afetada por esses planos.

A companhia automotiva alemã viu-se impactada tanto pela desaceleração do mercado de veículos novos quanto pela concorrência chinesa e custos de mão de obra mais elevados que os de seus concorrentes, segundo os especialistas.

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