Um grupo de migrantes espera na fila da fronteira entre os EUA e o México, em Jacumba Hot Springs, Califórnia, em 5 de junho de 2024
FREDERIC J. BROWN
Um grupo de migrantes espera na fila da fronteira entre os EUA e o México, em Jacumba Hot Springs, Califórnia, em 5 de junho de 2024
Frederic J. BROWN

O PIB gerado pelos latinos nos Estados Unidos alcançou 3,7 trilhões de dólares (21 trilhões de reais) em 2022, acima de economias como a britânica, francesa ou indiana, aponta um estudo de duas universidades californianas divulgado nesta sexta-feira (13).

Se os latinos que vivem nos Estados Unidos fossem um país independente, seu PIB seria a quinta maior economia do mundo, à frente, pelo terceiro ano consecutivo, de Reino Unido, França e Índia, segundo o relatório anual elaborado pelo Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latinas da UCLA e o Centro de Pesquisa e Previsão Econômica da Universidade Luterana da Califórnia.

Fora da maior economia mundial, apenas China, Japão e Alemanha têm um PIB superior ao dos latinos que vivem nos Estados Unidos.

Divulgado em meio à campanha para as eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos, que tem a imigração como um dos temas principais, o estudo aponta que essa comunidade, que representa 19,2% da população americana (cerca de 65 milhões de pessoas), responde por 41,4% do crescimento real do PIB desde 2019.

“Os dados destacam que os latinos são uma importante fonte de resistência para a economia americana em geral", ressaltou David Hayes-Bautista, coautor do relatório, professor de medicina e saúde pública da UCLA e diretor do Centro para o Estudo da Saúde e Cultura Latinas.

Os latinos continuarão "tendo um impacto significativo no crescimento da economia americana nas próximas décadas", afirmou o pesquisador, destacando o aumento populacional dessa comunidade e a sua juventude (média de 30,7 anos, contra 41,1 no conjunto do país) e forte participação entre a população economicamente ativa.

No período 2010-2022, o número de latinos com ensino superior cresceu 113,5%, e seus salários 3,4% ao ano, contra 1,4% entre o restante da população, segundo a sétima edição do estudo.

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