Inflação brasileira cai 0,02% em agosto e fica em 4,24% na comparação anual

A inflação no Brasil caiu ligeiramente 0,02% em agosto e fixou-se em 4,24% em 12 meses, segundo dados oficiais...

Posto de gasolina flutuante no rio Negro, perto de Manaus, em foto de 23 de agosto de 2022
Foto: MICHAEL DANTAS
Posto de gasolina flutuante no rio Negro, perto de Manaus, em foto de 23 de agosto de 2022
Michael Dantas

A inflação no Brasil caiu ligeiramente 0,02% em agosto e fixou-se em 4,24% em 12 meses, segundo dados oficiais publicados nesta terça-feira (10).

Esse dado representa uma ruptura com o desempenho de julho, quando foi registrada uma recuperação de 0,38%, e de todos os meses de 2024, que até agora só haviam reportado aumentos de preços, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em agosto de 2023, a variação foi de 0,23%.

As quedas em Habitação (-0,51%) e Alimentação e Bebidas (-0,44%), esta última pelo segundo mês consecutivo, influenciaram a redução no mês passado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para medir o comportamento dos preços.

O maior aumento, por outro lado, veio da educação (0,73%).

A inflação de agosto contrariou ligeiramente as previsões do mercado, que antecipavam um avanço de 0,01%, segundo a média das projeções de 41 instituições financeiras e consultorias entrevistadas pelo jornal econômico Valor.

No entanto, o índice de preços em 12 meses está próximo do teto da meta estabelecida pelo Banco Central (BCB) de 3% com margem de tolerância de +/- 1,5 ponto percentual.

O mercado elevou a previsão de inflação para 2024, chegando a 4,30% no último boletim Focus do Banco Central, publicado na semana passada.

O IPCA acumulado no ano até agosto é de 2,85%.

O Focus antecipa um novo aumento nas taxas de juros, para 11,25%, que em julho (10,5%) ficaram estáveis pela segunda vez consecutiva.

A previsão é uma má notícia para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desde que assumiu o poder em janeiro de 2023 tem pressionado pela queda acelerada das taxas para impulsionar o crescimento.

AFP