
Quem aposta na loteria federal costuma se preocupar com a sorte, escolhendo números estratégicos ou confiando na possibilidade de ganhar o prêmio máximo, mas poucos pensam em um detalhe importante: a segurança do bilhete.
Caso o bilhete premiado seja perdido, escrever o número do Cadastro de Pessoa Física ( CPF ) no verso pode parecer um recurso seguro para evitar fraudes, mas será que isso realmente garante o direito ao prêmio?
A recomendação é feita pela própria Caixa Econômica Federal, operadora das Loterias, que afirmou ao Portal iG : “O bilhete é do portador e o ganhador pode escrever, no verso do recibo da aposta premiada, seu nome completo e CPF. Dessa forma, o bilhete torna-se nominal. Em caso de bolão, cada participante pode fazer o mesmo no verso de seu recibo individual de cota".
Na prática, isso significa que, ao registrar o nome e CPF no bilhete, o apostador adquiri uma camada de segurança, dificultando o repasse indevido do prêmio a terceiros.
Porém, essa precaução não substitui a necessidade de apresentar o bilhete físico para o resgate, já que o documento continua sendo a única forma oficial de comprovar a aposta vencedora.
Caso o bilhete seja perdido, mesmo com a anotação no verso, não é possível resgatar o prêmio sem o comprovante físico .
A Caixa não realiza pagamentos com base apenas nos dados pessoais informados no verso da aposta. Por isso, é recomendado o cuidado redobrado com o bilhete, especialmente em prêmios de grande valor.
Além da assinatura e inclusão do CPF, o apostador pode adotar outras medidas preventivas, como guardar o bilhete em local seguro e, se possível, tirar uma foto para conferência posterior – embora a imagem não seja válida para saque, ela pode servir como registro caso haja contestação judicial.
No caso dos bolões oficiais, cada participante tem direito a um recibo individual. Para evitar problemas, também é possível escrever seus dados no verso de cada cota.
Assim, mesmo que um integrante perca seu comprovante, o documento com identificação pode indicar sua posição em uma eventual disputa judicial, embora não elimine a exigência do bilhete original para o pagamento.