
Em movimento surpreendente, o dólar avançou a R$ 5,43 nesta sexta-feira (5), por volta das 13h30 (horário de Brasília), e a Ibovespa passou a cair mais de 2%, em meio a rumores do noticiário político no país.
Poucos minutos antes de reverter o sinal, a bolsa brasileira havia atingido máxima histórica de 165 mil pontos.
Dentre as 31 moedas mais líquidas, o real era, no início da tarde, a que tinha a pior performance frente ao dólar.
Para analistas do setor econômico, a pressão na moeda é reflexo da notícia de que o ex-presidente Jair Bolsonaro sinalizou a aliados que seu filho Flávio Bolsonaro, senador pelo Rio de Janeiro, será escolhido como candidato ao Planalto em 2026.
Mais tarde, também nas redes sociais, Flávio Bolsonaro confirmou o apoio do pai e sua pré-candidatura à disputa presidencial.
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O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto também divulgou nota validando a escolha de Flávio Bolsonaro para as eleições de 2026.
Até então, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), era cotado como o mais provável candidato da direita, na avaliação do mercado, embora ele ainda não tivesse anunciado a intenção de concorrer à Presidência.
Por volta das 15h15 (horário de Brasília), o Ibovespa tinha queda de 2,82%, a 159.817 pontos, próximo das mínimas do dia. Mais cedo, a máxima bateu 165.035 pontos.
No mesmo horário, o dólar à vista tinha alta de 2,06%, cotado a R$ 5,414 na venda, tendo chegado a R$ 5,4316 mais cedo.
Quase meia hora depois, por volta das 15h46, o principal índice da bolsa de valores brasileira registrava queda de 3,31%, negociado a 159.016,72 pontos. Já o dólar registrava alta de 2,56%, com preço de R$ 5,455 na venda.
No final do dia, o dólar fechou em alta de mais de 2%, cotado em R$ 5,4328, no maior valor em quase dois meses.
O favorito do mercado, segundo os analistas, parece ser Tarcísio de Freitas.