Com aporte aprovado, veja como será a reestruturação dos Correios

Empréstimo de R$ 20 bilhões deve viabilizar plano de recuperação financeira que será implementado até 2027

A última edição do PDV do Correios teve a adesão de aproximadamente 3,5 mil empregados
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A última edição do PDV do Correios teve a adesão de aproximadamente 3,5 mil empregados

Os Correios aguardam agora pelo aval do Ministério da Fazenda para a efetivação do empréstimo de R$ 20 bilhões, que  vai viabilizar o plano de reestruturação da companhia, anunciada no mês passado.

O aporte foi aprovado pelo Conselho de Administração da estatal  no sábado (29) .

A empresa projeta um prejuízo acumulado que pode chegar a R$ 10 bilhões neste ano e afirma que o empréstimo é “indispensável” para estabilizar as contas.

O balanço mais recente mostra queda na receita e aumento nas despesas administrativas, além de dificuldades para manter pagamentos a fornecedores.

Os Correios registraram prejuízo de R$ 4,37 bilhões só no primeiro semestre de 2025 e acumula 12 trimestres consecutivos de prejuízo, com aumento de gastos e redução de receitas.

O empréstimo aprovado pelo Conselho será contratado por um conjunto de bancos públicos e privados; Banco do Brasil, Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil e Safra.

E terá garantia do Tesouro Nacional, o que significa que, em caso de inadimplência da estatal, a União assumirá os pagamentos.

A recuperação em três fases

A contratação do empréstimo de R$ 20 bilhões integra o plano de reestruturação dos Correios anunciado no último dia 21 de novembro.

O plano foi dividido em três fases, sendo que a primeira fase prevê a recuperação financeira com regularização de pagamentos e revisão de contratos; a implementação de um Programa de Demissão Voluntária (PDV)  e ajustes no plano de saúde dos funcionários. Esta fase já iniciou neste ano de 2025.

Já a segunda fase visa a reorganização e modernização da estatal, com período de implantação em 2026 e 2027.

Ela prevê o fechamento de até 1 mil agências deficitárias; a venda de imóveis considerados ociosos, com previsão de arrecadar até R$ 1,5 bilhão, e investimentos em automação e redução do déficit do Postal Saúde .


Já a terceira fase, que deverá se implementada a partir de 2027, segundo o plano, prevê a retomada do crescimento.

Nela estão previstos novos modelos de negócio, parcerias e avanços tecnológicos .

A meta dos Correios, com o plano de reestruturação, é voltar ao lucro em 2027.