
A Puma anunciou a ampliação de seu programa global de eficiência, que prevê a eliminação de cerca de 900 cargos administrativos até o fim do ano que vem.
Veja mais
: Nike, Adidas e Puma pedem isenção de tarifas para sapatos a Trump
A decisão, disponibilizada no site oficial da empresa alemã, ocorre em meio à revisão das operações e à tentativa de conter o impacto do prejuízo líquido de R$ 1,92 bilhão (€ 308,9 milhões) registrado nos nove primeiros meses deste ano.
O plano dá continuidade à iniciativa anterior, chamada nextlevel, que já havia reduzido 500 funções administrativas neste ano.
Com as duas etapas combinadas, a empresa projeta a eliminação total de aproximadamente 1.400 postos até o próximo ano.
Segundo a companhia, o objetivo é aumentar a eficiência e a resiliência do negócio diante de um cenário de estoques elevados, desempenho abaixo das expectativas em alguns canais e mudanças nas estratégias de distribuição.
O relatório financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano detalha que a Puma enfrenta dificuldades específicas relacionadas à qualidade da distribuição e ao acúmulo de produtos nos estoques de varejistas.
O corte de pessoal, segundo o documento, faz parte de um esforço mais amplo de contenção de custos operacionais e de revisão de processos internos.
O impacto das demissões deve se concentrar em funções administrativas, corporativas e de suporte.
Áreas diretamente ligadas às vendas ao consumidor final e ao desenvolvimento de produtos permanecem como foco estratégico da empresa.
A Puma informou que, mesmo com os cortes, pretende continuar investindo em marketing, no fortalecimento do storytelling da marca e nos segmentos considerados centrais para seu portfólio — futebol, corrida, treinamento e Sportstyle.
O CEO da companhia, Arthur Hoeld, classificou 2025 como um “ano de reset” para a Puma e afirmou que as medidas são essenciais para o reposicionamento da empresa.
“Estamos tomando medidas decisivas para enfrentar os desafios e tornar o negócio mais eficiente e resiliente” , declarou.
A administração da empresa prevê que a normalização dos estoques ocorra até o final do ano que vem.
Reorganização
O plano de reorganização inclui também a redução das despesas operacionais e a reestruturação da gestão global.
Apesar do ajuste em curso, a Puma mantém a projeção de queda nas vendas neste ano, em dois dígitos percentuais ajustados pela moeda, e estima investimentos de capital de aproximadamente R$ 1,5 bilhão (€ 250 milhões) no período.
De acordo com o relatório, as ações visam colocar a companhia em trajetória de crescimento sustentável no médio prazo.