
Na tarde desta quarta-feira (9), as bolsas de Nova York dispararam após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a redução das taxas recíprocas para 10% por 90 dias. O fato impulsionou ganhos expressivos entre os maiores bilionários do mundo.
Elon Musk, por exemplo, registrou um acréscimo de US$ 28,3 bilhões (R$ 171,4 bilhões), elevando seu patrimônio para US$ 380,9 bilhões (R$ 2,3 trilhões).
Jeff Bezos, fundador da Amazon e proprietário do jornal The Washington Post, também teve sua fortuna elevada em pouco mais de US$ 18,6 bilhões (R$ 112,7 bilhões), alcançando um patrimônio de US$ 207,7 bilhões (R$ 1,2 trilhões).
O tarifaço, até então, havia impactado negativamente empresas como a Tesla, com perdas que chegaram a US$ 30 bilhões (R$ 181,7 bilhões).
Enquanto isso, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, sofreu uma queda de US$ 28 bilhões (R$ 169,6 bilhões), recuperando parte de seu valor após a redução nas taxas recíprocas com ganhos de US$ 5,7 bilhões (R$ 34,5 bilhões).
Reflexos nos mercados
Os principais índices norte-americanos reagiram fortemente: o Dow Jones avançou 7,87%, o S&P 500 somou 9,35% e o Nasdaq subiu 12,16%.
Esses índices haviam apresentado quedas de até 10% na semana anterior, quando os impactos do anúncio das novas tarifas foram inicialmente sentidos.
Internacionalmente, enquanto as bolsas na Ásia e na Europa registraram quedas devido à tensão comercial.
No Brasil, o real chegou a ser a terceira moeda que mais perdeu valor contra o dólar desde o tarifaço, com as altas da moeda americana. O Ibovespa, por sua vez, acumulou quedas.
O cenário se inverteu com o anúncio na pausa das taxas americanas, com o dólar diminuindo em 2,54%, equivalente a R$ 5,84 e o Ibovespa subindo 3,12%, atingindo 127.796 pontos.
Contexto das disputas comerciais
A decisão de reduzir as taxas recíprocas foi tomada após pressão de setores dentro do governo americano e de magnatas, o que coincidiu com a retomada das disputas comerciais entre os Estados Unidos e a China.
Além disso, Trump anunciou a elevação para 125% da tarifa sobre produtos chineses, medida que teve efeito imediato e integra um conjunto de ações iniciado em 2 de abril, quando os EUA revisaram as taxas de importação para 180 países.
Esta série de ajustes tarifários gerou retaliações de ambos os lados, com o país asiático anunciando taxas de 84% para produtos americanos, evidenciando a intensificação da disputa comercial.