O Dieese ( Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ) divulgou nesta sexta-feira (3) informações sobre o impacto econômico do novo salário mínimo de R$ 1.518, em vigor desde janeiro. O reajuste de 2,5% acima da inflação, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é estimado em R$ 125 bilhões na economia até o final de 2025.
Esse valor inclui um aumento de R$ 81,5 bilhões na renda e R$ 43,9 bilhões na arrecadação de impostos sobre o consumo, de acordo com o Dieese.
O novo piso salarial beneficia quase 60 milhões de brasileiros, abrangendo aposentados, trabalhadores formais, informais e empregadores.
Para os trabalhadores formais com carteira assinada, o incremento na renda é calculado em R$ 23,87 bilhões, com impacto de R$ 12,87 bilhões na arrecadação tributária.
No caso dos beneficiários do INSS, o aumento da renda soma R$ 38,78 bilhões, enquanto a arrecadação atinge R$ 20,9 bilhões.
Os trabalhadores domésticos, cerca de 4 milhões de pessoas, terão um incremento de R$ 5,57 bilhões em sua renda, gerando R$ 3 bilhões em impostos.
Já os trabalhadores por conta própria, que somam mais de 10 milhões, terão um impacto de R$ 12,82 bilhões em rendimentos e R$ 6,91 bilhões na arrecadação.
Empregadores, em menor número, contabilizam um aumento de R$ 442 milhões na renda, com R$ 227 milhões em impostos gerados.
O Dieese aponta que o reajuste não apenas eleva a capacidade de compra de grande parte da população, mas também movimenta setores importantes da economia, promovendo maior circulação de recursos.