O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta segunda-feira (30) o decreto que estabelece o novo valor do salário mínimo . Segundo informações do Palácio do Planalto , o montante foi reajustado para R$ 1.518, representando um aumento de 7,5% em relação ao valor anterior, que era de R$ 1.412.
O reajuste, que entra em vigor a partir de 1º de janeiro, reflete a inflação acumulada em 2024 e o crescimento econômico do país, medido pelo PIB (Produto Interno Bruto).
O impacto do novo valor será sentido nos salários pagos aos trabalhadores a partir de fevereiro.
A medida afeta cerca de 54 milhões de brasileiros, incluindo 22,7 milhões de beneficiários da Previdência Social e outros programas como o BPC (Benefício de Prestação Continuada).
A decisão faz parte da política do governo federal para assegurar o poder de compra dos trabalhadores e segue mudanças na fórmula de reajuste do salário mínimo, aprovadas pelo Congresso Nacional em dezembro.
Pela nova regra, os reajustes reais serão limitados a um teto de 2,5% acima da inflação para o período de 2025 a 2030. Essa fórmula substitui o modelo anterior, que não estipulava limites para o aumento real.
Cálculos do governo indicam que cada R$ 1 de aumento no salário mínimo representa uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões.
Novo teto de crescimento do piso salarial
O Ministério da Fazenda projetou que o novo teto de crescimento do piso salarial poderá gerar uma economia de até R$ 15,3 bilhões nos próximos anos, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas.
Além de beneficiar os trabalhadores formais, o reajuste também influencia aposentadorias, pensões e outros benefícios atrelados ao salário mínimo.
Com isso, espera-se uma elevação do poder de compra e impactos indiretos na economia.