O Banco Central realizou nesta segunda-feira (30) um leilão à vista de US$ 1,815 bilhão, marcando o encerramento das operações cambiais de 2024. O pregão ocorreu entre 13h56 e 14h01, com cada proposta precisando ter um lote mínimo de US$ 1 milhão.
A ação foi adotada como uma medida para conter a alta do dólar, que às 13h53 registrava aumento de 0,84%, sendo negociado a R$ 6,242. Durante o pregão, a moeda norte-americana chegou a atingir a mínima de R$ 6,153 pela manhã, antes de apresentar valorização.
A operação faz parte da estratégia da autoridade monetária para atender à demanda de liquidez no mercado cambial brasileiro e reduzir a volatilidade no câmbio.
No leilão, 14 propostas foram aceitas, totalizando o valor disponibilizado. A taxa de corte ficou definida em 6,1740, e a liquidação está programada para ocorrer em 2 de janeiro de 2025.
Ao longo de dezembro, o Banco Central injetou aproximadamente US$ 32,6 bilhões no mercado cambial, configurando o maior volume mensal já registrado em leilões dessa natureza.
Essa atuação intensificada contribuiu para mitigar a pressão sobre o dólar e trazer maior equilíbrio ao mercado cambial.
Reservas internacionais
O Brasil mantém reservas internacionais robustas como forma de amortecer impactos decorrentes de turbulências globais.
A gestão dessas reservas é constantemente monitorada pela autoridade monetária com o objetivo de manter a estabilidade do sistema financeiro nacional.
A medida integra uma estratégia mais ampla do Banco Central para evitar disfuncionalidades no mercado de câmbio, especialmente em momentos de alta volatilidade, como os observados no fechamento de 2024.
Esse período foi marcado por movimentações significativas, refletindo tanto pressões econômicas internas quanto o contexto global.
A ação também ocorre em um momento de transição para 2025, com a entrada de um novo presidente no Banco Central, Gabriel Galípolo.