O fim da escala 6x1 , que virou alvo de discussões nas redes sociais com uma PEC (proposta de emenda constitucional) da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), é apoiado por 64% dos brasileiros e rejeitado por 33%, segundo pesquisa Datafolha divulgada nessa sexta-feira (27). Conforme os dados, 3% não sabem responder.
Para 70% dos entrevistados, a jornada de trabalho ideal teria que ser de cinco dias. Outros 17% falam em seis e 7% mencionaram apenas quatro. A jornada máxima de oito horas é vista como ideal para 82% e 7% preferem de oito a 12 horas.
Entre os que desaprovam a redução da jornada, a maior parte é homem (40%), enquanto 70% das mulheres são a favor. A margem de erro neste quesito é de três pontos percentuais.
O tema também causa divergências entre as faixas etárias . Entre os entrevistados com 60 anos ou mais, 48% se mostram contra a redução da jornada de trabalho. No entanto, entre os jovens de 16 e 24 anos, 81% acreditam que ela deveria ser reduzida. A margem de erro é de cinco pontos percentuais.
A renda familiar é outro fator de relevância. Entre os entrevistados que ganham até dois salários mínimos (R$ 2.824), 68% querem a redução. Entre os que ganham mais de cinco (R$ 7.060), 43% são contra. As margens de erro são de três e seis pontos percentuais, respectivamente.
As pessoas que foram ouvidas pelo instituto e se declaram pretas (72%) e pardas (66%) também tem mais apoio do que os que se declaram brancos (59%) — as margens de erro são de cinco, três e quatro pontos, respectivamente.
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 13 de dezembro. Para realizar o levantamento, o Datafolha ouviu 2.002 de 16 anos ou mais em 113 municípios. A margem de erro para o total da amostra é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
O foco do levantamento foi perguntar se a carga horária de trabalho — com limite máximo de 44 horas semanais e seis dias por semana para quem tem carteira assinada — deve ser reduzida ou não.