Óleo de soja e carnes continuam sendo os maiores pesos do índice
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Óleo de soja e carnes continuam sendo os maiores pesos do índice

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado nesta sexta-feira (27), registrou uma alta de 0,34% nos preços de dezembro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) . O número finalizou 2024 com uma alta acumulada de 4,71%, acima da meta de inflação do Banco Central (BC), de 3,0% — ela será, no entanto, considerada cumprida formalmente se a inflação oficial fechar o ano entre 1,50% e 4,50%.

O IPCA-15 de dezembro, porém, mostra uma desaceleração em relação a novembro, quando a alta registrada foi de 0,62%. O índice foi menor que o de dezembro do ano passado, quando a alta foi de 0,40%

O resultado acontece abaixo das expectativas do mercado , que tinha uma previsão de avanço de 0,45% para a prévia da inflação.

O grupo alimentação e bebidas puxou a inflação neste ano, com uma alta de preços acumulada de 8% no período. Entre os produtos com maiores aumentos no ano estão óleos e gorduras (20,42%), carnes (19,48%), frutas (14,18%), bebidas (13,11%), leites e derivados (11,10%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (10,04%).

Em seguida, aparecem os grupos de despesas de saúde e cuidados pessoais (6,03%) e educação (6,82%). Os demais grupos apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (5,12%), habitação (3,44%), comunicação (2,99%), transportes (2,32%), vestuário (2,25%) e artigos de residência (0,83%).

Dezembro

O IPCA-15 subiu neste mês especialmente devido ao grupo de Alimentação e Bebidas, que teve alta de 1,47%, com impacto de 0,32 pontos percentuais (p.p.) sobre o índice. O óleo de soja (9,21%) e as carnes — alcatra (9,02%), contrafilé (8,33%) e carne de porco (8,14%) — continuam liderando com os maiores pesos.

Outros grupos de despesa com altas importantes foram despesas pessoais (1,36%) e transportes (0,46%). O grupo habitação, com uma deflação (queda de preços) de 1,32%, ajudou a frear a prévia da inflação em dezembro, puxada pela energia elétrica residencial, cujo preço recuou 5,72%, devido ao retorno da vigência da bandeira tarifária verde no primeiro dia do mês.

Confira:

  • Alimentação e bebidas: 1,47%;
  • Habitação: -1,32%;
  • Artigos de residência: -0,52%;
  • Vestuário: 0,34%;
  • Transportes: 0,46%;
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,05%;
  • Despesas pessoais: 1,36%;
  • Educação: 0,00%;
  • Comunicação: 0,08%

Cinco dos nove grupos analisados pelo IBGE tiveram alta neste mês.

O IPCA-15 trimestral, também conhecido como IPCA-E, registrou taxa de 1,51%, segundo o IBGE.

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