Federal Reserve (EUA)
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Federal Reserve (EUA)


O Federal Reserve (banco central americano) anunciou, nesta quarta-feira (18), o terceiro corte consecutivo de suas taxas básicas de juros em 0,25 ponto percentual para a faixa de 4,25%-4,50%, em linha com o esperado pelo mercado.

O banco central, que revisou suas previsões macroeconômicas, assinalou que contempla apenas dois cortes de juros de 0,25 ponto percentual cada em 2025, menos que as quatro reduções anunciadas até agora.

O Fed também aumentou sua previsão de inflação para o próximo ano, de 2,1% para 2,5%. O organismo espera que a meta da inflação, de 2%, só seja alcançada no fim de 2026.



O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) realizou sua segunda reunião após as eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas pelo retorno de Donald Trump à presidência. O encontro avaliou os riscos econômicos e definiu diretrizes para a política monetária do país.

O FOMC declarou que os riscos para as metas de emprego e inflação estão equilibrados, mas destacou a incerteza nas perspectivas econômicas.

O comitê reafirmou que está atento a possíveis riscos e preparado para ajustar a política monetária conforme necessário.

A decisão sobre a taxa de juros, no entanto, não foi unânime. A diretora Beth Hammack votou pela manutenção dos juros no intervalo de 4,50% a 4,75% ao ano.

Donald Trump

A eleição de Donald Trump trouxe reflexos imediatos na economia dos Estados Unidos. Com uma agenda econômica marcada pelo conservadorismo e protecionismo, foram adotadas medidas como aumento de tarifas sobre produtos importados, intensificação da guerra comercial com a China e cortes de impostos.

Essas ações impactaram indicadores macroeconômicos, como o aumento da inflação, elevação dos juros e fortalecimento do dólar. Também houve alta nos rendimentos das Treasuries, títulos públicos americanos.

Brasil

Os efeitos da nova política econômica americana se estendem ao Brasil. A desvalorização do real, redução de investimentos estrangeiros e elevação da inflação são algumas das consequências.

O Banco Central brasileiro, por sua vez, ajustou a taxa de juros para 12,25% ao ano, buscando conter a pressão inflacionária.

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