A pesquisa Datafolha , divulgada nesta segunda-feira (16), apontou que a gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) , é aprovada por 27% dos brasileiros e rejeitada por 34%. Os números, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, foram coletados em 113 municípios brasileiros nos dias 12 e 13 de dezembro, com 2.002 entrevistados.
Avaliação da gestão econômica de Haddad:
- Ótima ou boa: 27%
- Regular: 34%
- Ruim ou péssima: 34%
- Não sabem: 5%
A pesquisa foi realizada duas semanas após o anúncio de um pacote de corte de gastos pelo governo Lula (PT), em 27 de novembro. A medida visa economizar R$ 70 bilhões nas contas públicas em 2025 e 2026. Além disso, o governo anunciou a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês e uma nova alíquota para rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.
Entre o anúncio do pacote e o levantamento, o dólar ultrapassou a cotação de R$ 6 pela primeira vez na história, e o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic de 11,25% para 12,25% ao ano.
Cortes de gastos
O Datafolha também perguntou se os entrevistados estavam cientes das medidas de cortes de gastos anunciadas por Haddad. A maioria (59%) disse não estar informada. Confira os dados:
- - Não tomou conhecimento: 59%;
- - Tomou conhecimento: 41% .
Entre os que ficaram sabendo das medidas, o nível de informação foi avaliado da seguinte forma:
- - Bem informado: 16%
- - Mais ou menos informado: 20%
- - Mal informado: 5%
A percepção de Haddad entre os que tomaram conhecimento das medidas é a seguinte:
- - Ruim ou péssima: 42%
- - Regular: 27%
- - Boa ou ótima: 29%
Apoio a medidas econômicas
A pesquisa revelou que 89% dos entrevistados são favoráveis a ações que reforcem a fiscalização para evitar fraudes no Bolsa Família e no Benefício de Prestação Continuada (BPC). Além disso, 73% apoiam a proposta de estabelecer idade mínima de 55 anos para aposentadoria dos militares, uma definição inexistente atualmente.
Gastos públicos
Sobre a percepção em relação aos gastos públicos, os resultados mostram que:
- - 45% acreditam que há dinheiro suficiente, mas ele é mal aplicado;
- - 35% avaliam que não há dinheiro suficiente e ele é mal aplicado;
- - 10% consideram que os recursos são suficientes e bem aplicados;
- - 7% acreditam que são insuficientes, mas bem aplicados.