A Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) determinou a suspensão das vendas de 48 marcas de whey protein até sexta-feira (06). A medida se baseia em um estudo da Abenutri (Associação Brasileira das Empresas de Produtos Nutricionais), que apontou adulterações nos produtos.
Segundo o estudo, houve discrepâncias nas informações de quantidade de proteína indicadas nos rótulos.
A suspensão afeta nove sites de vendas e visa proteger os consumidores de possíveis riscos. Entre os problemas relatados estão alergias leves, constipações e desconfortos intestinais, além de riscos mais graves, como mortes, em casos extremos.
O Grupo Supley, um dos afetados pela medida, divulgou uma nota questionando a validade dos laudos apresentados pela Abenutri. A empresa afirmou que seus produtos passam por avaliações regulares realizadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“A Justiça também entende que os produtos do Grupo Supley estão em conformidade no que diz respeito à rotulagem, ingredientes e quantidades especificadas em seus produtos”, destacou o comunicado.
Ainda segundo a nota, a empresa acusa a Abenutri de “propagar desinformação” e adotar “postura controversa”.
Já a Brasnutri também se manifestou, classificando a proibição como “infundada”. A empresa afirmou que a Senacon baseou a decisão em um laudo de 2022, de produtos que, segundo ela, não estão mais no mercado.
“Os laudos mencionados estão sob investigação do Tribunal de Justiça de São Paulo, em ação judicial que já apontou inconsistências metodológicas e destacou a ‘falta de certeza quanto à confiabilidade das conclusões’ ali apresentadas”, informou.
A Senacon orienta que os consumidores desconfiem de ofertas com preços muito baixos e verifiquem a reputação dos fabricantes antes de adquirir produtos. Buscar informações confiáveis e evitar compras em canais não reconhecidos são outras medidas sugeridas.
Próximos passos
A suspensão segue enquanto se investigam as irregularidades apontadas. A Senacon aguarda respostas das empresas e da Abenutri para definir as próximas ações. Enquanto isso, órgãos reguladores continuam acompanhando a situação para garantir a segurança dos consumidores.