O ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou nesta segunda-feira (18) que benefícios sociais como o Bolsa Família e o Benefício Prestação Continuada (BPC) não serão afetados pelo corte de gastos proposto pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em coletiva de imprensa durante a Cúpula do G20, Dias defendeu o corte de gastos, mas garantiu que os beneficiários não precisam se preocupar.
"O equilíbrio fiscal é importante para os pobres, porque ajuda no controle da inflação, ajuda a ter juros baixos, maior capacidade de investimento. Está certo os ministros Fernando Haddad [Fazenda], Simone Tebet [Planejamento e Orçamento] e Rui Costa [Casa Civil] caminharem nessa direção. Porém, deixando claro que não haverá corte de quem tem direito", disse o ministro.
"Nenhum passo para trás: essa é uma decisão tomada pelo presidente Lula", afirmou Dias.
Segundo ele, Lula "quer que o Ministério do Desenvolvimento Social siga no plano de localizar quem está na insegurança alimentar". O ministro lembrou, ainda, que o Bolsa Família segue crescendo, e adicionou 400 mil famílias em outubro.
R$ 2 bilhões a menos
Dias afirmou que isso não quer dizer, porém, que sua pasta não participará do corte de gastos.
A promessa do ministério é reduzir, em 2025, cerca de R$ 2 bilhõesem gastos. Segundo Dias, a pasta contribuirá com o corte de duas formas: combatendo fraudes e ajudando famílias a conseguirem emprego.
"O presidente determinou que não quer tolerância com fraude. Ou seja, nós vamos prosseguir combatendo fraude", disse.
De acordo com dados apresentados pelo ministro, 15 milhões de beneficiários do Bolsa Família conseguiram trabalho desde 2023, conseguindo deixar o programa. "Aquela pessoa que sai da linha da pobreza e sai do Bolsa Família, é economia, é redução de despesa", disse.