A inflação do Brasil subiu para 0,56% em outubro , o que é um aumento em relação ao mês de setembro , quando foi de 0,44%. O aumento foi puxado principalmente pelos preços mais altos da energia elétrica e das carnes . No ano, a inflação acumulada já chega a 3,88%, e nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,76% - superando o teto da meta. Esses dados fazem parte do IPCA, o principal indicador da inflação no país, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira (8).
Maiores influências
O maior impacto no aumento da inflação veio do grupo de Habitação, que subiu 1,49%, devido ao aumento de 4,74% na energia elétrica. Isso aconteceu porque em outubro foi aplicada uma bandeira vermelha patamar 2, que fez o preço da energia subir mais, acrescentando R$7,87 a cada 100 kWh consumidos, enquanto em setembro a cobrança foi menor.
Outro grupo que pesou bastante foi o de Alimentação e Bebidas, com uma alta de 1,06%. Dentro desse grupo, a maior alta foi nas carnes, que subiram 5,81%. Cortes como acém, costela e contrafilé ficaram mais caros, o que se deve a uma menor oferta de carne no mercado e ao aumento das exportações. Essa foi a maior alta das carnes desde novembro de 2020.
As refeições fora de casa também ficaram mais caras. A alimentação fora do domicílio teve um aumento de 0,65%, com as refeições e lanches subindo mais que em setembro. Já o grupo de Transportes teve uma queda de -0,38%, o que ajudou a segurar a inflação geral. Isso aconteceu porque as passagens aéreas ficaram 11,50% mais baratas, e o transporte público (como ônibus e metrô) também teve quedas nos preços.
A inflação foi positiva em todas as cidades pesquisadas. A maior alta foi em Goiânia (0,80%), devido à subida no preço da energia elétrica e das carnes. A menor alta foi em Aracaju (0,11%), onde o preço da gasolina caiu e o preço do ônibus urbano também ficou mais barato.
INPC
O INPC, que mede a inflação para famílias com rendimentos menores, teve uma alta de 0,61% em outubro. Esse aumento foi maior que o de setembro, que foi de 0,48%. No ano, o INPC subiu 3,92%, e nos últimos 12 meses, a alta foi de 4,60%, um pouco maior do que a de 2022.
Os produtos alimentícios no INPC subiram 1,11%, acelerando em relação ao mês anterior. Já os itens não alimentícios, como roupas e eletrodomésticos, subiram 0,45%. As maiores altas no INPC ocorreram em Goiânia, com a energia elétrica e o tomate (que subiu 26,88%) mais caros. A menor variação foi em Aracaju, onde a gasolina e o transporte público ficaram mais baratos.