A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (7) um crescimento de 22,3% no lucro líquido do terceiro trimestre em comparação ao mesmo período de 2023.
O resultado somou R$ 32,6 bilhões entre julho e setembro, após a petroleira ter registrado um prejuízo de R$ 2,6 bilhões no trimestre anterior, o primeiro em quase quatro anos. O impacto foi sentido, principalmente, nas questões tributárias e cambiais.
No terceiro trimestre, o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado da companhia foi de R$ 63,7 bilhões, representando uma queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, quando comparado ao segundo trimestre de 2024, o Ebitda ajustado registrou alta de 28%.
A receita de vendas da Petrobras também mostrou crescimento. O valor somou R$ 129,59 bilhões entre julho e setembro, o que representa um aumento de 3,8% em comparação ao terceiro trimestre do ano anterior e de 6% em relação ao trimestre anterior.
Produção e queda
Apesar do resultado financeiro positivo, a produção de petróleo da Petrobras no Brasil teve uma redução de 8,2% no terceiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse declínio se deu principalmente em razão de paradas para manutenção e da diminuição da produção em campos maduros.
No período, a produção média foi de 2,13 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), ante os 2,32 milhões de bpd registrados entre julho e setembro de 2023.
A Petrobras também informou que o seu conselho de administração aprovou o pagamento de dividendos intercalares no valor de R$ 17,12 bilhões, o que equivale a cerca de R$ 1,33 bilhão por ação ordinária e preferencial.
Em comunicado ao mercado, a companhia ressaltou que o pagamento está em linha com a Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre aos acionistas, desde que o endividamento bruto fique igual ou inferior ao nível máximo de US$ 65 bilhões, conforme definido no Plano Estratégico vigente.
"O pagamento proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, a qual prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no Plano Estratégico em vigor (atualmente 65 bilhões de dólares), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre", informou a estatal.
A distribuição de dividendos reforça a estratégia da Petrobras em oferecer retorno aos acionistas, mesmo em um contexto de desafios operacionais.