O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (11) que o governo está considerando a retomada do horário de verão como uma estratégia para reduzir os efeitos da atual crise hídrica no setor elétrico.
O horário de verão, que foi adotado no Brasil por décadas, consiste no adiamento dos relógios em uma hora durante parte do ano. O regime foi abolido em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi baseada na justificativa de que a medida não resultava em economia de energia durante o horário de pico, já que seu objetivo era maximizar o aproveitamento da luz solar.
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Atualmente, dois fatores principais estão impulsionando a discussão sobre a volta do horário de verão dentro do Ministério de Minas e Energia (MME). O primeiro é a alternativa para economizar recursos no sistema elétrico e assegurar o fornecimento de energia. O governo já autorizou a ampliação do uso de usinas termelétricas a gás, o que resultou em um aumento na bandeira da conta de luz.
Silveira argumenta que a reintrodução do horário de verão pode ajudar a reduzir a demanda de energia no final da tarde, um período crítico para o sistema elétrico devido à diminuição das fontes intermitentes (eólica e solar), o que leva à necessidade de ativar mais termelétricas e gerar mais energia com hidrelétricas. A ideia é aproveitar mais a luz solar e economizar energia.
No entanto, estudos técnicos feitos pelo governo indicam que o impacto do horário de verão sobre o consumo é mínimo, devido à dinâmica das empresas e das famílias. O uso de ar-condicionado e a maior eficiência das lâmpadas, que antes eram um fator de preocupação, diminuíram a eficácia da medida.
O setor de turismo e dos estabelecimentos de bares e restaurantes veem no horário de verão uma oportunidade para aumentar o consumo em seus negócios.
A decisão sobre a reintrodução do horário de verão não será apenas uma prerrogativa do MME, mas também dependerá do Palácio do Planalto. No ano passado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a considerar a medida, inclusive, fez uma enquete nas redes sociais.
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