Impactos do apagão cibernético devem durar dias; entenda

A FlightAware estimou que mais de 21.000 voos enfrentaram atrasos em todo o mundo.

Companhias aéreas ainda estão retornando com as operações
Foto: shutterstock
Companhias aéreas ainda estão retornando com as operações

Os impactos do  apagão cibernético que afetou voos, bancos, hospitais e empresas de vários países na sexta-feira (19) , incluindo o Brasil, deve durar alguns dias. O mundo enfrentou ontem uma "falha técnica generalizada" causada por um erro em um software fornecido pela Microsoft em parceria com a companha de segurança cibernética CrowdStrike.

Companhias aéreas começaram a retomar lentamente algumas operações depois de um colapso global generalizado de software, mas é provável que os impactos ainda durem dias.

A Delta Air Lines, companhia aérea dos EUA, retomou algumas decolagens e emitiu uma isenção de viagem para auxiliar as pessoas a remarcarem ou reorganizarem seus planos.

Outras companhias aéreas que suspenderam temporariamente os voos foram a American Airlines e a Spirit Airlines, segundo a FAA (Administração Federal de Aviação).

Após uma manhã tumultuada por uma 'pane' no sistema de TI, que afetou severamente a comunicação entre aeronaves e equipes de controle em solo, a reinicialização gradual foi iniciada.

O bug cibernético afetou viajantes durante um dia especialmente movimentado - a sexta-feira que antecedeu um fim de semana de férias de verão no hemisfério norte. No Reino Unido, por exemplo, estava previsto o maior número de partidas diárias desde outubro de 2019, conforme relatado pela Cirium, um provedor de dados de aviação.

A FlightAware estimou que mais de 21.000 voos enfrentaram atrasos em todo o mundo. Enquanto isso, a Cirium observou que cerca de 4,2% de todos os voos programados nos EUA foram cancelados, um número muito acima do normal para este período do dia.

Em um comunicado, a CrowdStrike, afirmou que estava ciente das falhas do equipamento destinado ao sistema Windows. Depois, declarou que o problema havia sido corrigido, mas que poderia levar algum tempo até que os sistemas voltem a funcionar totalmente.

Em entrevista à rede americana NBC, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, afirmou que o problema não foi causado por um ciberataque. Ele ressaltou que será necessário um conserto manual nas máquinas da empresa e que “lamenta profundamente” o impacto mundial causado pela falha na atualização do software.

A CrowdStrike é uma empresa dos Estados Unidos com mais de 24 mil clientes. A Microsoft, que contrata os serviços da CrowdStrike, afirmou no início da tarde de que o problema havia sido resolvido, mas que problemas residuais ainda podiam acontecer.

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