Valor de mercado da CrowdStrike despenca R$ 50 bilhões após apagão cibernético

As ações da empresa caíram 11% no fechamento da Bolsa de Valores de Nova York

Mulher segura um telefone perto de um tablet que exibe o logotipo da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, em 19 de julho de 2024, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos
Foto: GIUSEPPE CACACE
Mulher segura um telefone perto de um tablet que exibe o logotipo da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, em 19 de julho de 2024, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos

O valor de mercado da CrowdStrike caiu US$ 9 bilhões (cerca de R$ 50 bilhões) após o  apagão cibernético global desta sexta-feira (19). Até a última quinta, a companhia era avaliada em US$ 83 bilhões. O valor passou para US$ 74 bilhões em 24 horas. 

A queda acentuada ocorre porque as ações da empresa caíram 11% no fechamento da Bolsa de Valores de Nova York, passando a valer US$ 304,96. Já o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, chegou a perder R$ 1,5 bilhão com a falha .

A origem da falha foi uma pane na atualização de um software da empresa global de cibersegurança. O apagão provocou atrasos em voos e prejudicou serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo.

Nas redes sociais, Kurtz chegou a pedir desculpas e declarou que o erro estava sendo corrigido. "Estamos trabalhando em estreita colaboração com os cliente e parceiros afetados para garantir que todos os sistemas sejam restaurados", comentou.

O que é CrowdStrike Falcon

O apagão desta sexta está relacionado a um produto específico da empresa, chamado CrowdStrike Falcon, lançado em 2013. A ferramenta líder do setor de cibersegurança foi criada para impedir ataques hackers por meio da junção de diversas tecnologias, como antivírus de última geração, detecções e ameaças de endpoint (EDR), inteligência de ameças cibernéticas, recursos gerenciados de caças a ameaças e higiene de segurança.

Na prática, a plataforma identifica, detecta e responde a ameaças de hackers. Para isso, requer acesso profundo ao sistema operacional de um computador.

Ainda segundo o site, as operações do sistema são alimentadas por inteligência artificial e trabalham com um agente único, que busca oferecer em um só produto todas as ferramentas para proteção contra ataques. Além disso, é nativa em nuvem, o que simplifica a implementação do sistema para reduzir os custos operacionais.

E o problema dos computadores que executam o sistema Microsoft Windows está relacionado a esse acesso profundo: uma atualização incorreta de código do software foi emitida pela CrowdStrike e entrou em conflito com o sistema operacional.

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