Desconfiança de investidores sobre Lula leva a maior juro desde PEC Kamikaze de Bolsonaro

Volume de novas emissões também foi freado pelo Tesouro Nacional; custo maior amplia esforço necessário para controlar dívida

Em meio à desconfiança do mercado financeiro quanto ao compromisso do governo Lula (PT) com o arcabouço fiscal resultou no pagamento, pelo Tesouro Nacional, de maiores taxas de juros nas emissões da dívida pública desde julho de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aprovou a PEC Kamikaze para aumentar os gastos em ano eleitoral.

Além do encarecimento do custo de captação para a União, o cenário desfavorável também reduziu a captação de recursos em junho. Nessas circunstâncias, o governo teve que recorrer ao "colchão da dívida", uma reserva de liquidez, para cumprir suas obrigações com os investidores.

A turbulência ocorreu em um mês marcado pela piora do ambiente externo e por uma série de declarações de Lula que ampliaram a percepção de risco fiscal no Brasil. O presidente fez diversas críticas ao Banco Central e bloqueou várias propostas de contenção de gastos que eram discutidas pela equipe econômica.

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