O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , criticou nesta quarta-feira (27) o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por sua postura em relação à renegociação da dívida pública do estado, que já ultrapassa os R$ 170 bilhões. Haddad, que integra o primeiro escalão do presidente Lula (PT), afirmou que Zema não procurou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para lidar com o déficit nas contas mineiras. Ele fez essa declaração durante uma entrevista à rádio Itatiaia.
Quando questionado sobre o novo modelo de renegociação proposto aos estados em uma reunião realizada na terça-feira (26), Haddad defendeu a proposta, que visa reduzir as taxas de juros cobradas nas dívidas dos estados em troca de investimentos no Ensino Médio Técnico.
"Essa é uma troca justa, que dá sustentabilidade para os estados endividados. Coisa que não foi feita no período anterior. Você veja que o governador Zema jamais foi recebido pelo governo anterior para discutir essa questão da dívida, também não procurou. Não houve nenhuma negociação em torno da dívida de Minas", afirmou.
Segundo o ministro, o projeto será encaminhado ao Congresso Nacional dentro de 60 dias. Se aprovado em regime de urgência, ainda precisará ser aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas antes de ser implementado no estado. Por esse motivo, a gestão de Minas está preocupada com os prazos, já que a liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para voltar a pagar a dívida expira em meados de abril.
No ano passado, Pacheco sugeriu um programa de recuperação fiscal (Refis) para os estados, com descontos em caso de pagamentos à vista. O senador também propôs que as indenizações que a gestão Zema pode receber de mineradoras responsabilizadas por desastres ambientais sejam redirecionadas à União.
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