Mercado eleva expectativa de crescimento do PIB para 2024

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (5)

Foto: Agência Brasil
Boletim Focus: mercado melhora projeções para o PIB e para inflação de 2024

Especialistas reduziram novamente a expectativa para a inflação e melhoraram a perspectiva de crescimento da economia para 2024, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (5). Além disso, o estudo apontou que a expectativa para a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) agora é de 3,76%, contra 3,80% na semana anterior.

PIB
A pesquisa semanal mostrou também melhora na perspectiva de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, com estimativa de aumento de 1,77%, 0,02 ponto percentual a mais do que no levantamento anterior. Para 2025, segue a estimativa de uma expansão de 2%.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Brasil fechou 2023 com crescimento acumulado de R$ 10,9 trilhões, ou 2,9%. O valor é três vezes maior que o previsto no início do ano passado. A atividade agropecuária cresceu 15,1% de 2022 para 2023, influenciando no desempenho.

Inflação
Segundo o boletim, a expectativa para a  inflação em 2024 é de 3,51%, mantendo-se estável em relação à previsão anterior. Para os anos seguintes, a projeção permanece em 3,51% em 2025 e 3,50% tanto em 2026 quanto em 2027. É importante ressaltar que o centro da meta oficial para a inflação nestes anos é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

O BC deu início ao ciclo de aperto monetário em 2021, quando a taxa básica estava em 2% ao ano. A partir desse ponto, os juros aumentaram de forma consecutiva até atingir, em agosto de 2022, o patamar de 13,75% ao ano. A expectativa é de um novo corte de 0,5 ponto percentual na Selic, para 10,75%.

No Brasil, a Selic desempenha um papel fundamental. O BC utiliza esse sistema para influenciar diretamente o ritmo de crescimento e alcançar metas relacionadas à inflação, sendo a variável central da política monetária. E quando a economia apresenta um desempenho fraco e não há riscos inflacionários, é possível reduzir a taxa de juros, estimulando o consumo e os investimentos da população.