Confiança da indústria segue estável após sequência de altas

Dados são de fevereiro e foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Confiança da indústria segue estável após sequência de altas

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) permaneceu estável na transição de janeiro para fevereiro, mantendo-se em 97,4 pontos na série ajustada sazonalmente, conforme divulgado nesta terça-feira (27) pela  Fundação Getulio Vargas (FGV).

Por outro lado, o Índice de Expectativas (IE) registrou uma queda de 0,2 ponto no período, alcançando agora 96,8 pontos. A subcategoria que avalia a produção nos três meses subsequentes diminuiu 1,9 ponto, chegando a 97,4 pontos, após três leituras consecutivas de crescimento.

Já a perspectiva de negócios para o semestre recuou ainda mais, 2,2 pontos percentuais, alcançando 94,3 pontos. Essa foi a primeira queda após quatro meses de alta consecutiva.

Além disso, houve um avanço de 3,7 pontos na avaliação para novas contratações, alcançando 99,1 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) apresentou uma queda de 0,2 ponto, atingindo 80,8% nesta leitura.

“O resultado sinaliza uma acomodação após um período de melhora da demanda e normalização dos estoques”, destacou, em nota, o economista do Ibre/FGV, Stéfano Pacini.

“Aparentemente, a nova política industrial ainda não teve um impacto forte nas expectativas do setor, que parece estar aguardando seu desdobramento e ações relacionadas, mas o maior otimismo em relação ao emprego parece ser um sinal positivo”, acrescenta.

Para os próximos meses, o especialista considera uma perspectiva mais favorável em relação às contratações, embora a expectativa geral seja de cautela. Entre os componentes do Índice de Confiança da Indústria (ICI) no mês, houve um aumento de 0,2 ponto no Índice da Situação Atual (ISA), atingindo 98 pontos.

Reindustrialização
reindustrialização foi uma das principais bandeiras da campanha eleitoral do atual governo , e permanece como um dos principais desafios da política econômica. Em 2022, último ano do governo Bolsonaro, o Brasil caiu de posição no ranking das maiores economias exportadoras: passou da 25ª posição para o 26º lugar, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC).

Logo na primeira semana de governo, o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, defendeu que a reindustrialização da economia é essencial para a retomada do crescimento sustentável.