Ibovespa fecha em 133 mil pontos e dólar cai para R$ 4,82

O principal índice da bolsa de valores fechou na pontuação pela primeira vez na história

A moeda recuou 0,79%
Foto: Unsplash/Alexander Grey
A moeda recuou 0,79%

O principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, o Ibovespa, fechou nesta terça-feira (26) em alta, superando os 133 mil pontos. Esse é o novo recorde já visto na B3.

Na sessão, os investidores repercutiram a divulgação do último Boletim Focus 2023. O documento mostrou novamente a redução nas expectativas para a inflação deste e do próximo ano, com as projeções para o dólar caiar também.

Nesta última semana do ano, o mercado ainda aguarda algumas divulgações importantes, dando destaque aos dados de inflação e emprego no Brasil e nas atividades econômicas norte-americanas.

Nesta terça-feira, ainda foi possível ver o dólar cair, atingindo o menor patamar desde agosto. A moeda recuou 0,79%, ficando cotada em R$ 4,82. Com o resultado de hoje, a moeda acumulou quedas, somando 1,9% no mês e 8,64% no ano.

Já o Ibovespa subiu 0,59%, atingindo os 133.533 pontos, acumulando ganhos de 4,87% no mês e 21,69% no ano.

Boletim Focus

No início da semana, O Banco Central divulgou o Boletim Focus, que reúne as principais projeções do mercado financeiro sobre os indicadores do país.

Essa foi a última edição do documento do ano. Segundo ele, estima-se que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) volte a cair em 2023 e em 2024.

Para este fim de ano, é esperado que o IPCA acumule 4,46% de alta, mantendo a inflação brasileira abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, podendo oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Em 2024, a expectativa é que a inflação caia de 3,93% para 3,91% na última semana. A meta é de que a inflação chegue a 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Sobre o dólar, os especialistas estimam que a moeda encerre 2023 cotada e R$ 4,90, tendo em vista a expectativa de que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) comece a cortas as taxas de juros, que hoje está entre 5,25% e 5,5% ao ano. Isso deverá acontecer no primeiro semestre de 2024.

Com a baixa nos Estados Unidos, a rentabilidade entregue pelos títulos públicos norte-americanos são reduzidos, impulsionando os investidores a migrarem para os ativos de risco. Isso oferece retornos maiores.

É esperado que outros indicadores sejam divulgados durante a semana, o que pode mexer com o mercado. Dentre eles estão o IPCA-15 e o CAGED.