![Defesa Civil de Maceió mantém estado de 'alerta máximo' desde aviso de colapso em uma mina da região Defesa Civil de Maceió mantém estado de 'alerta máximo' desde aviso de colapso em uma mina da região](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/du/be/29/dube295gtexe1bfpur2h5kshw.jpg)
A Braskem, responsável pela mina 18 em colapso em Maceió , há anos está sob os holofotes da venda. A petroquímica é controlada pela Novonor, antiga Odebrecht, em conjunto com a Petrobras. A Novonor detém 50,1% do poder de voto na empresa, com um faturamento anual de R$ 96 bilhões. No entanto, a ideia de negociação da Braskem se intensificou após a Odebrecht enfrentar um turbilhão financeiro decorrente dos escândalos associados à Operação Lava Jato, resultando em sua recuperação judicial com uma dívida de R$ 98,5 bilhões, o maior caso desse tipo no país até então.
A crise da Odebrecht levou à necessidade de alienar sua participação na Braskem, que se tornou um dos principais ativos para a sua recuperação. Ações da petroquímica foram colocadas como garantia para empréstimos na ordem de R$ 14 bilhões a bancos como Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Itaú.
O conglomerado holandês LyondellBasell, em determinado momento, expressou interesse na aquisição da Braskem, mas recuou em junho de 2019, citando uma análise cuidadosa de riscos. Este movimento ocorreu pouco tempo após o Ministério Público Federal de Alagoas mover uma ação civil pública contra a Braskem, suas controladoras e órgãos reguladores envolvidos na fiscalização das atividades nas minas de Maceió, processo que atualmente vale R$ 27,6 bilhões.
A desistência dos holandeses gerou uma disputa entre a Odebrecht e a Petrobras quanto à estratégia de venda da petroquímica. Enquanto a Petrobras buscava se desfazer dos ativos, a Odebrecht procurava valorizar a empresa antes de qualquer negociação.
Recentemente, a Adnoc, empresa petrolífera de Abu Dhabi, propôs adquirir a parcela da Novonor no negócio por R$ 10,5 bilhões. Adicionalmente, a Petrobras, após mudanças no governo, considera expandir sua participação na Braskem.
Outras propostas pela Braskem partiram da Unipar e da J&F, sem avanços concretos. Atualmente, a empresa é avaliada em cerca de R$ 14,2 bilhões na bolsa, conforme a cotação de 7 de dezembro. A situação se complica com a crise ambiental em Maceió, o que pode dificultar ainda mais a venda.