Nesta sexta-feira (23) acontece a Black Friday . A data é um dos principais eventos comerciais do ano, e envolve descontos e promoções oferecidos pelas lojas. Pesquisa apresentada pelo Méliuz mostra que 95,2% dos entrevistados estão dispostos a aproveitar a data para fazer compras. O número é 4% maior do que ano passado.
Antes de comprar, especialistas enfatizam a importância de se preparar para evitar compras por impulso influenciadas por descontos, os quais nem sempre são significativos e, em certas circunstâncias, podem resultar apenas em endividamento para o consumidor.
É crucial ter clareza sobre o que pretende adquirir, priorizando itens essenciais e necessários, evitando compras impulsivas. Para isso, é essencial monitorar o preço dos produtos desejados nas semanas que antecedem a data.
No entanto, como nos lembra a especialista em finanças e autora do livro "Vida Financeira: Descomplicando, economizando e investindo", Luciana Ikedo, fazer compras durante essa época requer mais do que apenas disposição para gastar. Neste contexto, Ikedo oferece dicas para garantir que o consumidor tire máximo proveito do evento sem prejudicar sua saúde financeira.
Para a especialista, o ideal é possuir uma reserva financeira para adquirir o produto desejado, sempre avaliando as condições de pagamento: se o desconto à vista é maior, se há parcelamento, etc. “O mais importante é que a compra seja realizada de forma consciente e que caiba no orçamento. E, neste caso, planejamento é tudo e mais um pouco”, defende.
Se a ideia é comprometer a renda futura, comprando no crédito, é preciso ficar ainda mais alerta e se planejar para não se endividar. Pesquisar diferentes marcas e lojas com antecedência também pode ser uma boa estratégia. Assim, haverá total certeza de que o valor que está sendo praticado é realmente uma oportunidade e não uma enganação.
“Utilize sites que monitoram os preços, eles costumam ter históricos de até seis meses do preço dos produtos, o que vai permitir que você consiga distinguir fraudes, das promoções verdadeiras”, defende Ikedo.
Desconfiar de descontos muito acima da média e da realidade e, em caso de compras online, ficar muito atento à veracidade do site em questão para não cair no famoso “ phising ”, páginas falsas que imitam as originais com objetivo de roubar dados de compras dos consumidores. Por fim, é preciso pechinchar, mesmo na data. “Muitas marcas costumam, inclusive, postar promoções exclusivas para os seus seguidores nas redes sociais, vale ficar de olho”, finaliza.
Às vésperas da principal data de varejo do ano, o comércio online apresentou alta de preços em diversos produtos. É o que mostra o levantamento feito pelo Buscapé, principal comparador de preços do país, que verificou aumento no preço mediano em produtos de cinco das sete categorias mais buscadas na semana que antecede a data oficial.
O fogão foi o produto que mais sofreu aumento de preços entre os dias 12 e 18 de novembro, na comparação com a semana anterior, de 5,5%, passando de R$ 842 para R$ 891. As lavadoras de roupas, por sua vez, ficaram 3,2% mais caras, de R$ 2.031 para R$ 2.097. Em terceiro lugar no ranking dos principais aumentos, está o ar-condicionado, que saiu de R$ 2.228 para R$ 2.262, alta de 1,5%. O levantamento mostrou alta também em geladeiras (+1,2%) e notebooks (+0,1%).
O Buscapé
é uma ferramenta que pode auxiliar nesse trabalho. A plataforma oferece uma experiência de compra assistida e personalizada, permitindo que os consumidores consultem avaliações detalhadas para cada produto, um comparador de preços e a opção de receber alertas sobre reduções nos valores dos itens de seu interesse.