'Não vou vender a cama e dormir no chão', diz Lula sobre privatizações

Segundo o presidente, a ideia do seu governo não é vender os ativos públicos, e sim torná-los competitivos perante a iniciativa privada

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a rechaçar privatizações durante seu mandato. Na declaração, dada nesta terça-feira (7), durante a abertura do Brasil Investment Forum, evento de atração de investimentos, Lula disse que se reunirá com empresários, mas que "não vai vender a cama para dormir no chão".

Segundo o presidente, a ideia do seu governo não é vender os ativos públicos, e sim torná-los competitivos perante a iniciativa privada. 

"Em todos esses encontros a gente vai levar projetos que o Brasil tem, cosias que estão em funcionamento, que queremos compartilhar com empresários brasileiros e estrangeiros. Eu quero que vocês saibam que no nosso governo a gente não vai tentar vender a cama para dormir no chão. A gente não vai vender ativos públicos, vamos fazer com que se torne tão competitivo e compartilhe relação com iniciativa privada para que a gente possa melhorar", declarou.

Lula afirmou ainda que não é preciso "diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada" e sim enxergar o Estado como "indutor do desenvolvimento" para fazer "investimentos sadios".

"Quero que vocês aprendam que a gente não precisa diminuir o Estado para valorizar a iniciativa privada. É importante a gente saber que o Estado, se ele não se meter a ser empresário, mas ele se colocar como indutor do desenvolvimento de um país, a gente pode ter o Estado fazendo investimento sadio para que a gente possa crescer."

As declarações de Lula se dão em meio ao questionamento de privatizações em São Paulo, como a do fornecimento de energia, cedida à Enel, que deixou 1,1 milhão de pessoas sem energia por mais de 24 horas. 

Além disso, paulistanos têm questionado a venda da estatal paulista de saneamento básico (Sabesp), um dos principais projetos da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), cuja votação deve ocorrer ainda este ano na Assembleia Legislativa estadual (Alesp).