O vice-presidente Geraldo Alckmin cobrou, nesta terça-feira (31), uma redução mais acelerada na taxa básica de juros (Selic), um dia antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom)
, que deve selar mais um corte na alíquota.
A expectativa do mercado financeiro é por uma nova queda de 0, 5 ponto percentual, o que deixaria a taxa em 12,25%.
"Os juros estão caindo. Amanhã esperamos que caia mais ainda e precisa cair mais depressa. O câmbio está competitivo, é um câmbio que ajuda", disse em discurso feito em um evento na Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
O vice-presidente afirmou também que a Reforma Tributária "faz o PIB crescer e traz eficiência econômica" e que "os estudos mostram que ela pode em 15 anos elevar 12% o PIB, reduzindo o Custo Brasil e melhorando a competitividade".
Alckmin, que também é ministro da Indústria, Desenvolvimento, Comércio e Serviços, disse que a proposta "vai estimular a indústria, hoje sobretributada, desonerar completamente o investimento e desonerar completamente a exportação porque ela acaba com a cumulatividade”.
Ele aproveitou a ocasião e elogiou a condução do presidente da Câmara, Arthur Lira, quanto ao texto da reforma tributária.
"Quero aqui fazer um agradecimento e um reconhecimento ao presidente (da Câmara) Arthur Lira, que pegou para valer para votar a Reforma Tributária em tempo recorde na Câmara Federal. Destacar também a participação do Aguinaldo Ribeiro, que foi o relator na Câmara Federal, fazendo um belíssimo trabalho na Reforma Tributária", afirmou.
Tanto Lira quanto Ribeiro são do PP, partido que tem sido agraciado pelo governo com cargos, como a presidência da Caixa Econômica Federal, para ajudar na aprovação da pauta econômica.
Lira também esteve no evento e, em discurso, afirmou estar comprometido com matérias que melhorem o ambiente de negócios no país.
"Queremos oferecer ao país um arcabouço legal confiável, racional e efetivo. Buscamos a um só tempo garantir segurança jurídica e evitar entraves legais que obstruíam o desenvolvimento econômico. A nossa agenda parlamentar tem mantido o compromisso com a modernização legislativa deste país. Um compromisso com a burocratização e a simplificação."
As falas foram feitas durante a posse de Ricardo Alban como novo presidente da CNI.