Pelo segundo mês consecutivo , a arrecadação total de recursos das Receitas Federais registrou queda, alcançando R$ 201,83 bilhões no mês de julho. Considerando a inflação do período, a queda equivale a 4,2% em relação a julho de 2022, período em que a arrecadação atingiu R$ 202,59 bilhões.
A tendência de queda na arrecadação também se manifesta no acumulado anual. Conforme os dados de arrecadação federal liberados nesta terça-feira (22) pelo Ministério da Fazenda, os sete primeiros meses de 2023 resultaram em uma soma arrecadada de R$ 1,34 trilhão, representando uma diminuição de 0,39% em relação ao mesmo intervalo no ano anterior.
Já as receitas sob a gestão da Receita Federal (RFB), registraram no mês de julho um valor arrecadado de R$ 187,1 bilhões, apresentando uma diminuição real de 0,74% quando levada em conta a inflação. Considerando o período acumulado de janeiro a julho de 2023, a arrecadação totalizou R$ 1,27 trilhão, indicando um aumento de 1,24% em comparação ao mesmo período de 2022, quando foram arrecadados R$ 1,20 trilhão.
Os tributos citados pela Receita Federal - Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - tiveram arrecadação de R$ 47 bilhões, com queda real de 14,9%. A RFB atribui essa queda a uma diminuição real de 30,06% na estimativa mensal e 22,81% na arrecadação trimestral do balanço. Importante notar que pagamentos atípicos de R$ 4 bilhões ocorreram em julho do ano anterior.
Resultados divulgados hoje mostram que Imposto de Importação e Imposto de Produtos Industrializados Vinculado à Importação arrecadaram R$ 6.176 milhões, com queda real de 11,83%. Outras receitas administradas pela RFB somaram R$ 4,37 bilhões, aumento real de 82,03%. Esse resultado se deve principalmente à arrecadação do programa de redução de litigiosidade e imposto de exportação sobre petróleo bruto.
As contas do governo federal fecharam o primeiro semestre deste ano com rombo de R$ 42,5 bilhões , de acordo com relatório divulgado em julho pela Secretaria do Tesouro Nacional. Em junho, o déficit primário foi de R$ 45,2 bilhões.
O resultado de junho é o pior para o mês desde 2021, quando o rombo foi de R$ 84,8 bilhões, em valores corrigidos pela inflação. No ano passado, o governo registrou superávit de R$ 14,6 bilhões.