Gasolina e diesel seguem abaixo do preço mundial mesmo com reajuste

Defasagem dos preços internacionais é de 14% para gasolina e 10% para o diesel

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Os combustíveis têm parcela significativa de seu preço composto por impostos federais e estaduais, como o ICMS

Apesar do  reajuste promovido nesta terça-feira (15) pela Petrobras, os preços da gasolina e do diesel seguem abaixo da cotação internacional, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

O valor do litro do diesel sobe nesta quarta-feira (16) nas refinarias, em R$ 0,78, para R$ 3,80, ou 25,8% a mais do que o preço anterior. Já a gasolina teve alta de 16,2%, ou R$ 0,41 por litro, para R$ 2,93 o litro.

A defasagem antes do reajuste era de 28% para o diesel e 27% para a gasolina, significando R$ 1,18 e R$ 0,90 a menos do que o PPI (Preço em Paridade de Importação). Após o reajuste, a gasolina ficou com defasagem de 14% e o diesel de 10%, dignificando operação em R$ 0,45 e R$ 0,40 abaixo do PPI para gasolina e diesel respectivamente. 

A Petrobras justificou o reajuste pela consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, "e estando a estatal no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares".

A Petrobras destaca que o valor efetivamente cobrado ao consumidor final no posto é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. 

"Importante esclarecer que a implementação da estratégia comercial, em substituição à política de preços anterior, incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação. Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes", diz a estatal em nota