Apesar dos anúncios de redução dos preços de combustíveis após o governo realizar novo aumento nos tributos federais, GNV, gasolina comum/aditivada e etanol apresentaram alta nos preços médios no mês de julho. Já os preços médios do diesel comum/S-10, recuaram novamente. Os dados são da edição de agosto do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, lançado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).
Em julho, o preço médio da gasolina
comum por litro abastecido foi de R$ 5,680 nos postos, o que corresponde a um avanço de 3,9% em relação ao preço médio de junho (R$ 5,466). Regionalmente, os maiores preços por litro desse combustível foram encontrados no Norte (R$ 6,011) e Nordeste (R$ 5,827), em contraste com os menores valores regionais, encontrados no Sudeste (R$ 5,532) e Centro-Oeste (R$ 5,626). Em termos de variação mensal, as maiores altas foram observadas em postos das regiões Nordeste (+5,5%) e Norte (+4,5%).
De acordo com os últimos resultados disponíveis, o preço médio do etanol hidratado foi de R$ 3,867 por litro, valor que corresponde a um incremento de 1,4% em relação à de junho (R$ 3,815). Postos do Norte e Nordeste comercializaram o combustível pelos maiores valores por litro (R$ 4,789 e R$ 4,606, respectivamente), enquanto estabelecimentos do Sudeste e Centro-Oeste ofereceram os menores preços (R$ 3,757 e R$ 3,760, respectivamente). Em termos de variação, as altas mais expressivas foram apuradas em postos das regiões Nordeste (+5,2%) e Norte (+3,8%).
Entre janeiro e julho de 2023, há resultados mistos, com o encarecimento da gasolina comum/aditivada e etanol de um lado, e, de outro, o barateamento de diesel comum S-10 e GNV.
No acumulado do ano, três dos seis combustíveis apresentaram quedas nos preços médios: diesel S-10 (-21,8%), diesel comum (-21,1%) e GNV (-8,0%), contrastando com as altas da gasolina comum (+14,3%), gasolina aditivada (+12,6%) e etanol hidratado (+1,0%). Nos últimos 12 meses, por sua vez, foi registrada queda relevante no preço de todos os combustíveis monitorados pelo levantamento, também com destaque para o diesel comum e S-10, que apresentou as quedas mais expressivas (33,2%)