No primeiro semestre, o Brasil criou 1,023 milhão de postos de trabalho com carteira assinada, indicando uma queda de 26,25% em comparação ao período de janeiro a junho de 2022. No ano anterior, durante o mesmo período, foram geradas 1,388 milhão de vagas.
Os dados foram divulgados a partir do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira (27). Essas informações refletem o saldo líquido, ou seja, a diferença entre contratações e demissões, da geração de empregos formais.
No mês de junho, foram criados 157,1 mil postos de trabalho com carteira assinada. O número reflete uma queda de 44,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 285 mil postos de trabalho. No entanto, em comparação ao mês de maio, houve uma leve alta, visto que o saldo foi de 155,1 mil postos de trabalho.
De acordo com o Caged, o setor de Serviços apresentou o maior crescimento de empregos em junho, com um saldo de 76.420 postos formais.
A agropecuária foi o segundo maior gerador de postos no período, totalizando 27.159 empregos criados. Na sequência, a construção civil contribuiu com 20.953 postos de trabalho. O Comércio ocupou o quarto lugar, com um saldo de 20.554 postos criados, enquanto a indústria gerou 12.117 vagas.
Estados com maior saldo:
- São Paulo: +36.418 postos (+0,27%);
- Minas Gerais: +25.537 postos (+0,56%);
- Rio de Janeiro: +13.490 postos (+0,39%).
Estados com menor saldo:
- Roraima: -121 postos (-0,16%);
- Rio Grande do Sul: -211 postos (-0,01%);
- Paraíba: -223 postos (-0,05%).
Em junho, o salário médio real de admissão registrou o valor de R$ 2.015,04, apresentando um aumento de R$ 12,47 em comparação com o salário de maio, que era de R$ 2.002,57. Ao considerar as mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, em relação ao mesmo período do ano anterior, o ganho real foi de R$ 34,60.