Dois milhões e 64 mil pessoas limparam o nome por meio do programa de renegociação de dívidas do governo federal, batizado de " Desenrola Brasil
", segundo a Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC).
Esses dados foram enviados ao Ministério da Fazenda na quarta-feira (19), ou seja, quando o programa tinha apenas dois dias de vigência.
Isso porque, entre as medidas, está a obrigação de limpar o nome de negativados com débitos de até R$ 100 por parte das instituições financeiras que participarem do programa.
A medida não significa perdão da dívida, na prática, o débito seguirá existindo, mas os bancos vão se comprometer a não incluir os devedores no cadastro negativo.
Inicialmente, o Ministério da Fazenda projetava que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas por essa medida. Posteriormente, Haddad avisou que, se todos os bancos participassem do Desenrola, esse número poderia chegar a 2,5 milhões.
O programa abarca duas faixas:
- Faixa 1: quem tem renda de até R$ 2.640 (dois salários mínimos) ou está inscrito no Cadastro Único do governo federal (CadÚnico) e tem dívidas de até R$ 5 mil.
- Faixa 2: inclui as dívidas bancárias dos clientes que tenham renda mensal superior a dois salários mínimos e menor que R$ 20 mil e que não estejam incluídos no Cadastro Único do governo federal.
Nesta primeira etapa do programa, serão atendidos os endividados da faixa 2. A faixa 1 deve ser englobada em setembro, quando o governo prevê lançar um aplicativo onde poderão ser negociadas as condições para quitar o débito.