Alckmin anuncia fim de descontos em carros populares

Estimativa é que 125 mil veículos tenham sido vendidos com desconto

Foto: redacao@odia.com.br (Estadão Conteúdo)
Alckmin: impacto fiscal da taxa de juros é de R$ 190 bilhões

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciou nesta sexta-feira (7) o fim do programa de  descontos para carros populares. Segundo ele, a estimativa do governo federal é que 125 mil veículos tenham sido vendidos com desconto.

Ainda segundo o vice-presidente, só em um dia - 30 de junho - “foram 27 mil veículos emplacados”.

"Veículos leves foi um sucesso e deve está terminando esse fim de semana. Caminhão e ônibus continuam e o objetivo é renovação de frota e pode ajudar nessa transição tecnológica", disse Alckmin.

Anunciado em junho, o programa previa R$ 1,5 bilhão em créditos tributários para reduzir o preço dos veículos de até R$ 120 mil. No início de julho, Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ampliaram em R$ 300 milhões a verba para o benefício. 

O programa foi lançado com a seguinte distribuição:

  • ·R$ 500 milhões para carros;
  • ·R$ 700 milhões para caminhões;
  • ·R$ 300 milhões para vans e ônibus.

Ao todo, foram liberados R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões previstos em descontos para a modalidade de carros. Os R$ 150 milhões restantes serão usados para compensar a perda de arrecadação em impostos, causada pelo desconto no preço final dos veículos.

Os R$ 300 milhões adicionais seriam compensados pela reoneração do imposto federal no diesel em R$ 0,11 a partir de setembro.

Para caminhões, foram utilizados R$ 100 milhões dos R$ 700 milhões disponíveis. Já para ônibus, do total de R$ 300 milhões, R$ 140 milhões já foram solicitados.

O desconto para o consumidor varia de R$ 2 mil a R$ 8 mil para compra de carros, a depender de critérios de sustentabilidade e densidade da produção nacional. Para veículos de carga ou coletivos, o abatimento ficou entre R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil.

Mais cedo nesta sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já tinha dito que não havia mais "espaço fiscal" para a ampliação da iniciativa.

"Isso aí exige compensação e estamos chegando num momento, no meio do ano, em que não há mais espaço fiscal para isso", declarou.

Veja as montadoras que mais se beneficiaram dos créditos tributários:

  • FCA Fiat Chrysler: R$ 230 milhões
  • Volkswagen: R$ 100 milhões
  • Renault: R$ 90 milhões
  • Hyundai: R$ 80 milhões
  • GM: R$ 50 milhões
  • Peugeot Citroen: R$ 50 milhões
  • Nissan: R$ 20 milhões
  • Toyota: R$ 20 milhões
  • Honda: R$ 20 milhões