A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) criticou nesta quarta-feira (21) a decisão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de prorrogar a exclusividade dos descontos em carros populares para pessoas físicas por mais 15 dias.
A Medida Provisória publicada pelo governo no início do mês previa que apenas pessoas físicas poderiam comprar carros populares com descontos pelo prazo de 15 dias. Nesta terça-feira (20), data do fim do prazo, o período foi prorrogado por mais 15 dias.
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Em nota, a ABLA afirma que recebeu a notícia "com surpresa" e que o impedimento de compra por parte das locadoras é "discriminatório". Para a associação, somente com a venda para pessoas jurídicas o programa "alcançará o objetivo de também ampliar a produção, o que é fundamental para a efetividade da MP e o fomento aos empregos na indústria automotiva".
"A prorrogação impede exatamente o principal cliente das montadoras, responsável pela compra de 30% dos automóveis e comerciais leves vendidos no país - e que assim contribui diretamente para a estabilidade da indústria automotiva - de participar do programa que também foi criado para que as montadoras pudessem vender estoques parados", alega a entidade.
Nesta quarta, o MDIC informou que 80% da verba concedida pelo governo para as montadoras darem descontos em carros já foi consumida nos primeiros 15 dias do programa. Os descontos vão durar quatro meses ou enquanto durarem os R$ 500 milhões disponibilizados em créditos tributários.