O governo federal anunciou nesta segunda-feira (5) a reformulação do programa que vai baratear carros populares e incluiu ônibus e caminhões na proposta. A mudança aumenta a margem de desconto para os veículos em até 11,6%, ante os 9,74% anunciados anteriormente.
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, o bônus de descontos para carros populares deve variar entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. O desconto mínimo será de 1,6% e o máximo de 11,6%.
O benefício, porém, valerá apenas para carros com valor até R$ 120 mil. A concessão do desconto vai depender do valor do veículo na tabela FIPE, densidade territorial e poluição.
Já caminhões e ônibus poderão ter descontos entre R$ 33,6 mil e R$ 99,4 mil. Para obter a redução do valor, o comprador deverá apresentar informações sobre a retirada de veículos com mais de 20 anos em circulação de sua frota.
“Esperamos que daqui a poucos meses os juros caiam e o crédito fique mais acessível”, afirmou.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que a proposta deve impactar R$ 1,5 bilhão dos cofres públicos. O benefício deixará de ser concedido quando o teto for atingido.
Para a concessão de descontos para carros, o governo deverá destinar R$ 500 milhões. Outros R$ 300 milhões serão destinados para ônibus e vans, enquanto a redução do preço de caminhões receberá investimento total de R$ 700 milhões.
Os valores serão retirados da reoneração do diesel, que deve passar a valer nos próximos dias. O governo optou por adiantar a medida para conseguir baratear os carros populares.
O combustível deve ter a cobrança de R$ 0,11 em impostos federais, valor ainda abaixo dos R$ 0,35 cobrados na metade do ano passado.
"Isso vai colaborar para tirar a pressão inflacionária de 2024, o que é bom para o horizonte de tempo de planejamento mais longo", afirmou Haddad.